sábado, 13 de junho de 2009

Rascunho de junho já está no ar

Muito antes do que eu esperava, o Jornal Rascunho de junho já está no ar. Então, o post anterior pode ser conferido na íntegra.

E aproveito para indicar mais algumas matérias:

- Coluna "Palavra por Palavra" de Raimundo Carrero que esse mês vem falando sobre o uso de solilóquio, discurso indireto livre, monólogo e fluxo da consciência.

- A maravilhosa entrevista com o ator carioca César Cardadeiro, que fez o Pedrinho do Sítio do Picapau Amarelo e o jovem Bentinho de Dom Casmurro. Ele, aos 19 anos, demonstra uma maturidade impressionante, principalmente quando discute cultura. Apesar de vocês poderem ler a entrevista completa, deixo aqui sua última resposta, que diz muito, diz tudo aquilo em que eu acredito.

Como formar um leitor no Brasil? É preciso mudar urgentemente a forma de ensinar e de incentivar a leitura e o interesse pela cultura, em geral, aos jovens brasileiros. Pensei em falar mal da política educacional do país, mas do que iria adiantar? Não precisamos dos "colarinhos brancos" para mostrar aos nossos filhos, amigos e irmãos, a importância da cultura. Este incentivo deveria partir dos ciclos de amizades, dos bibliotecários, professores, familiares... Se o governo não cumpre o papel dele, por que EU não posso cumprir o meu? Por que não chego para um amigo e falo de algo que li, empresto um livro, converso sobre o tema? Por que a maioria dos professores não educa com carinho seus alunos? O educador é a principal ferramenta de formação de uma geração. Por que não escuta e ajuda seus alunos no caminho literário? Vou tentar resumir sem floreios esse desabafo. A formação cultural deve ser estimulada por cada cidadão consciente, com pequenos esforços. Se algo não funciona, como o modelo dos colégios, ignore. Troque informações, livros, poesias, cultura, com seus próximos. Procure e mostre algo diferente, não necessariamente novo. Confronte idéias, debata. Ajude-nos (ajude-se) a descobrir um novo caminho para a formação cultural do país. Quem sabe assim fugimos da - cada vez mais assustadora - desigualdade de oportunidades.

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