segunda-feira, 29 de junho de 2009

Centenário de Juan Carlos Onetti

No próximo dia 1º de julho, comemora-se 100 anos do nascimento de Juan Carlos Onetti. E se sua obra não é tão divulgada, espera-se que esse panorama se altere com a publicação de Mario Vargas Llosa: Onetti - El Viaje a la Ficción, e que deve sair traduzido aqui, pela Alfaguara, em 2010.

As traduções de Onetti, para o português, disponíveis atualmente são:
  • Junta-cadáveres (Planeta do Brasil) - romance
  • O Estaleiro (Planeta do Brasil) - romance, com o mesmo protagonista de Junta-cadáveres
  • A Vida Breve (Planeta do Brasil), tida por Onetti como sua melhor obra
  • O poço (Planeta Literário), livro de estreia do autor (2 novelas)
  • 47 contos de Juan Carlos Onetti (Companhia das Letras) - contos escritos entre 1933 e 1993
"Você é casado com a literatura. Eu, não: ela é minha amante." A frase, dita por Juan Carlos Onetti a Mario Vargas Llosa, define com precisão o maior autor da literatura uruguaia, que nasceu há 100 anos, em 1º de julho de 1909. Onetti nunca teve método. A sua era uma disciplina singular. Durante um tempo, escreveu a lápis num caderno de capa dura e folhas brancas. Houve períodos de caneta de tinta preta e cadernos de folhas pautadas. E também dos bloquinhos baratos. Sempre à mão. Dizia que a caligrafia é mais lenta que a datilografia, mais lenta que as ideias, e você é obrigado a sentir na mão o peso de cada palavra. Passava por épocas em que anotava frases esparsas que um dia, talvez, se encontrassem e se juntassem. Nessa turbulência estava a sua disciplina: justamente em não haver nenhuma.

Leia a matéria completa de Eric Nepomuceno sobre Juan Carlos Onetti no site do Estadão de São Paulo.

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