sábado, 31 de dezembro de 2011

Estou de volta...

Não resisti. Como deixar morrer um cantinho tão especial que me aproximou da literatura?

Por isso volto a atualizar o blog Canastra de Contos, mas como anseio por mudanças e renovações, estou mudando de casa.

O Canastra de Contos volta à ativa, mas em outro endereço. Em vez da hospedagem aqui no blogspot, ele migra para o wordpress.

Então, o novo endereço é:


Passe lá que já tem post novo. E o post trata dos livros lidos em 2011.

Feliz Ano Novo!!!!

domingo, 23 de outubro de 2011

Um até breve...

Queridos leitores (será que ainda tenho algum?) do Canastra:

Realmente tentei voltar a atualizar o blog com periodicidade, mas não consegui. Não consigo sequer divulgar meus eventos ou lançamentos.

Então, para que eu possa tirar mais uma cobrança do meu ombro, vou dar um tempinho aqui no blog. Não é um adeus, pois não quero encerrar esse espaço que foi tão especial. Digamos que é um até breve.

Quem sabe ano que vem eu consigo voltar...

O problema é que o tempo que já era curto, agora, com a carreira literária alçando outros voos, passou a ínfimo. Preciso conciliar o tempo do emprego fixo com o tempo importantíssimo dedicado à família, com as brechas que encaixo para escrever, divulgar, respirar a literatura.

Então, por enquanto, para vocês me acharem, leiam o jornal que estou editando, o Jornal Sobrecapa Literal, para onde migrou minhas opiniões sobre o meio literário - http://www.sobrecapaliteral.com.br/ ou
curtam minha página no Facebook ( http://on.fb.me/ottOqJ ) ou
sigam-me no Twitter ( http://www.twitter.com/anacristinamelo ).

Ah, e vocês podem bisbilhotar meu site, no qual sempre tem novidades: http://www.anacristinamelo.com.br/.

Beijo grande e um até breve da
Ana Cristina Melo

domingo, 25 de setembro de 2011

O que anda pela Canastra - 2011.1

Vamos inaugurar esse post que "pretendo" atualizar semanalmente, falando do que anda acontecendo na minha vida real e virtual de escritora. Desde possíveis lançamentos (esses serão mais raros), leituras ou dicas de escrita. Aff! Será que consigo manter a periodicidade. Vamos ver.

O que anda acontecendo pela minha Canastra...

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# Meus últimos lançamentos e o próximo lançamento:
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- Em 04 de julho, lancei dois novos livros: "De volta à Caixa de Desejos" (Ed. Vermelho Marinho) e "Uma turma para Dora", ilustrações de Eliane Raye (Ed. Vermelho Marinho). Para saber mais sobre eles, é só conferir release, onde está sendo vendido, preço, tudinho no meu site, na seção livros: http://www.anacristinamelo.com.br/livros.html

- Até o final do ano, está saindo livro novo. É o infantil "O banho de Nina", lindamente ilustrado pela Cris Alhadeff (http://www.crisalhadeff.com/), com um traço pelo qual fiquei apaixonada. O livro sai pela Editora Escrita Fina (http://escritafina-livros.blogspot.com/). Logo, logo, divulgo capa, ilustrações, tudinho. O livro já está no forno. É só aguardar!

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# Leituras que indico:
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- Na categoria "Literatura nacional", indico "O Dia Seguinte", de Luis Eduardo Matta (Ed. Escrita Fina), um thriller juvenil que, certamente, agradará aos adultos que curtem literatura juvenil bem-feita, daquelas que a linguagem e a história transcendem idade. O livro fala sobre o 11 de setembro, ou melhor, sobre o dia seguinte, na vida de dois jovens, que saem por Nova Iorque, se envolvendo em aventuras e perigos. Como disse o próprio Luis, um livro que toca na importância da amizade, principalmente entre pessoas que teriam um mundo de motivos para se odiarem.


Se quiserem saber mais sobre ele, confiram a divulgação feita na edição 6 do Jornal Sobrecapa Literal: http://www.sobrecapaliteral.com.br/doc/SobrecapaLiteralEd6.pdf

"Aquela era uma outra Nova York, mais árida e menos glamourosa. Estavam no Bronx. (...) Pela janela, Antônio contemplou a avenida comprida, em mão dupla, quase sem árvores, margeada por prédios baixos que abrigavam lojas populares de letreiros espalhafatosos. Uma típica via suburbana. Subitamente teve medo do que iriam encontrar."

- Na categoria "Literatura estrangeira", indico "Cartas Exemplares", de Gustavo Flaubert, tradução de Carlos Eduardo Lima (Ed. Imago). O livro traz as correspondências de Flaubert, desde 1830 até sua morte, em 1880. São cartas que revelam as angústias do escritor que buscava a perfeição de cada palavra. A palavra exata. A expressão única para uma ideia, uma emoção, uma descrição. É como conviver com o nascimento de Bovary. Um livro que todo escritor deveria ler.

"Eu amo acima de tudo a frase nervosa, substancial, de músculo saliente, de pele cor de bistre; amo as frases machas e não as frases fêmeas"

"Trabalhe, medite, medite acima de tudo, condense seu pensamento, você sabe que os belos fragmentos não são nada. A unidade, a unidade, tudo está aí! O conjunto, eis o que falta a todos os de hoje, tanto nos grandes quanto nos pequenos. Mil passagens bonitas, mas não uma obra. Cerra o seu estilo, faz um tecido mais leve que a seda e forte como uma cota de malha. Perdão por esses conselhos, mas eu queria lhe dar tudo que eu desejo para mim."

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* O que estou lendo:
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- "A mocinha do Mercado Central", de Stella Maris Rezende (Ed. Globo). Lendo e amando. Amando as frases, desenhadas e costuradas como se fosse uma peça única, para exposição, para tocar cada leitor de forma especial, para se transformar numa obra-prima. No próximo post falarei um pouco mais da Maria, a protagonista desse livro. Mas já digo: leiam, vale muito a pena!


- "Amor sem fim", de Ian McEwan (Ed. Companhia das Letras). O início me jogou no chão, de tão revelador. Uma aula de literatura. Uma aula para mostrar, sem deixar a ponta do lápis, do dedo, do criador, como foi feito. O desenvolvimento parte para ser a grande narrativa que admiro de Ian McEwan. Espero tê-lo terminado até o próximo post.
 
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# Enquanto escrevo, fica a dica:
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- Enquanto escrevo meu romance, lembro da dica que recebi certa vez, que desenvolver um enredo é revelar para o leitor o universo da sua história a partir de um ponto de vista, mais do que ordenar acontecimentos e informar emoções.


Boa semana para todos!


Dividam comigo suas leituras.


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Quatro meses e muita saudade...

Nem acredito que tem quatro meses que eu não posto nada nesse blog. Logo esse, que foi o primeiro, que foi a primeira ideia, que deu origem a tantos outros espaços. Esse blog que me recuso a encerrar, pois representa um sonho, minha própria gaveta...

Pois é, mas mesmo sem querer abandoná-lo, eu o deixei abandonado durante todos esses meses. Não que eu tenha sumido do mundo literário. Não! Acreditem, lancei dois novos livros nesse meio tempo e não consegui sequer divulgar o convite aqui. Também tive algumas dores de cabeça, literalmente, que me desligaram, me envolveram em exames e remédios, e me fizeram entender que as tarefas estavam em excesso, os aborrecimentos também. Então, precisei baixar o ritmo. Alguns compromissos foram deixados de lado, outros foram postergados, tudo para que a vida voltasse ao seu curso.

Mas tudo vai se encaixando. Hoje, ao trabalhar na próxima edição do jornal Sobrecapa Literal, que criei em fevereiro (http://www.sobrecapaliteral.com.br/), lembrei de procurar uma matéria aqui. E lembrei do meu blog tão esquecido.

Gostaria de conseguir encaixar um tempinho diário para o Canastra de Contos. Para dividir minhas dúvidas e criações. Mas sei que é impossível. Além do tempo para minha doce família, ainda tem o trabalho, com marcação de ponto, o trabalho que paga as contas, mas me rouba do que realmente me faz feliz ultimamente. Então, sobra pouco. Sobra as brechas, os intervalos, os deslocamentos, para que eu possa ler e escrever. O tempo virtual se divide entre as redes sociais, as notícias que são lidas por alto, por escolhas, por seleções.

Então, como diário não vai dar para ser, vou tentar, pelo menos, que o Canastra de Contos seja semanal. Um post no sábado ou domingo, quando, teoricamente, deveria ter mais tempo, para dividir um pouco do meu olhar para a literatura. Dicas. Trechos. Livros. Novidades.

Vamos ver se eu consigo cumprir. Talvez eu não tenha mais leitores. Aqueles leitores fiéis que me acompanham, comentavam. Mas irei postando, até que eles voltem, me descubram novamente, queiram dividir comigo esse amor pela literatura.

Vamos lá!

domingo, 22 de maio de 2011

1ª Antologia AEILIJ. Tem um "Trem de Histórias" deliciosas chegando aí...

Novidades quentíssimas!

Está saindo do forno a 1ª Antologia da AEILIJ (Associação dos Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil - http://www.aeilij.org.br/). Vai se chamar Trem de Histórias e trará contos, crônicas e poesias com o mote sobre trens, bondes e veículos sobre trilhos.

Somos 37 autores aeilijianos e foram produzidos 20 textos e 20 ilustrações. A apresentação é da escritora e presidente da AEILIJ, Anna Claudia Ramos (http://www.anaclaudiaramos.com.br/).

Esse livro vem carregado de muita energia positiva. Foi feito em tempo recorde e com uma dose extra de animação e alegria de todos os participantes. Temos muito que agradecer ao escritor Alexandre de Castro Gomes (http://alexandredecastrogomes.blogspot.com/), que organizou essa antologia de forma espetacular. Ela será editada pela Caki Books (http://www.cakibooks.com.br/). 

Eu estou lá com o conto "O olho azul do menino". Fiquei apaixonada pelo texto e pela linda, linda, linda ilustração que a Fabiana Salomão (http://fabianasalomao.blogspot.com) fez pra ele. Curioso? Quer ver? É só espiar aqui.


Fiquem espertos que o trem vai partir já, já. O lançamento acontecerá no 13º Salão FNLIJ de Literatura InfantoJuvenil (http://www.fnlij.org.br/). O livro estará disponível nos formatos impresso e e-book. Em junho, já será possível encomendar pelo site da editora (http://www.cakibooks.com.br/). Ou é só esperar dia 7 de junho, primeiro dia do Salão FNLIJ, para conferir ao vivo. Logo, logo, terei a capa para divulgar. :)

Confira abaixo quem já está embarcadinho nesse trem, só esperando que vocês entrem para curtir as lindas histórias que produzimos, em texto e em imagem.

Autores dos textos:
Autores das imagens:

Autores de textos e imagens:

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Corrida para o lançamento - Volta 4

Depois de muito suspense, a capa do novo livro "De volta à Caixa de Desejos".

Corrida para o lançamento - Volta 3

Hoje trago alguns trechos do livro para vocês degustarem. Na próxima volta, trarei a capa, e depois falarei um pouco sobre os novos personagens.

“Acordei com a boca seca e o coração acelerado. Num só impulso, sentei encostada à cabeceira e agarrei os travesseiros que estavam em volta. Antes, os sonhos com vó Laurinda eram frequentes; cessaram quando Francine foi embora. Era bom sonhar com ela de novo, mas esse tinha vindo cheio de angústia... talvez da mesma forma como estava minha vida.”

“Lembrei da pergunta feita sobre meus pais e me encolhi mais ainda na cama. A paz parecia ter feito as malas e se mudado de nossa casa.”

“A vida tem disso, às vezes não sabemos nem o que pedir. Estamos sempre buscando sonhos e, com eles, a felicidade. Mas do que somos capazes pra realizar esses sonhos? Havia um bom tempo que não acumulava tantos pedidos pra guardar na caixa. Minha vida corria em paz, eu continuava escrevendo, tinha um namorado, amigos e planejava um futuro como escritora. De repente, tudo mudou.”

“A partir daí, ele passou a ter ciúme de todos os garotos que se aproximavam de mim, principalmente do Tiago, por quem sempre demonstrou gratuita antipatia.

Ali eu devia ter tomado uma atitude, mas em vez disso, aceitei o primeiro pedido de desculpas...”

domingo, 15 de maio de 2011

Corrida para o lançamento - Volta 2

Já é um novo dia, um lindo domingo de sol aqui no Rio. E cada vez estamos mais próximos do pódio, o meu pódio que trará dois lindos troféus.

Hoje estive numa mesa na FLIST (Festa Literária de Santa Teresa). Um evento lindo que une a paixão pelos livros. E esse foi o tema da minha mesa, que dividi com a amiga e escritora Edna Bueno. Falamos do que havia em comum na nossa literatura, nessa paixão que nos carregou para longe de nossa formação.

E ao falar do livro da Dora, falei que esse medo que ela tem da nova escola é uma verdade que atinge muitas crianças, mas também é uma metáfora para os adultos. É muito comum sentirmos medo da mudança. Temos medo de mudar de casa, de cidade, de emprego, de namorado(a), de faculdade, de mudar o visual... Qualquer medo vale. O importante é visualizar que nem sempre o novo destino é tão diferente assim, nem os novos colegas são tão grandes como um elefante. :)

Então, é só esperar a Dora sair para descobrir como lidar com esse medo. :)

Mas sei que vocês querem saber também do romance "De volta à Caixa de Desejos". Ontem divulguei um pouquinho da sinopse. Hoje, vou divulgar o olhar de outras pessoas sobre o livro. E nada melhor do que vocês lerem o que vai sair na quarta capa dele.

É o olhar de dois escritores, amigos queridos, Carola Saavedra e Henrique Rodrigues, por quem tenho grande carinho e admiração, e que me deram um grande presente, aceitando esse convite para escrever a quarta capa do livro. E também de uma amiga querida, Maria Alice Ferreira, professora e pedagoga, que trouxe o olhar de quem vive perto das crianças todo tempo.

Então, é só ler e curtir... Para mim, antes do nascimento do meu filhinho literário, foi como arranjar um padrinho e duas madrinhas de primeira grandeza.

“Ana Cristina Melo descreve com precisão e leveza o universo de sua protagonista nessa difícil passagem da infância à vida adulta, e o que mais chama a atenção é o olhar empático que ela destina aos personagens, fazendo com que o leitor os acompanhe com entusiasmo, o mesmo entusiasmo que a autora dedica a cada pensamento, a cada encontro, a cada frase.”


(Carola Saavedra, escritora)

“Marília, Francine e os outros personagens de Caixa de Desejos cresceram. Assim como a escrita de Ana Cristina Melo, que faz o leitor acompanhar as aventuras, alegrias e tristezas do livro como se fizesse parte dele. Isso porque De volta à Caixa de Desejos lida com conflitos e decisões típicos dos jovens do nosso tempo, e nada melhor que uma boa literatura para fazer lembrar que, nesses momentos, não estamos sozinhos.”


(Henrique Rodrigues, escritor)

“Li Caixa de Desejos e fiquei encantada com a narrativa, e desta vez não foi diferente. Entrei na história, vivenciei cada situação ocorrida com Marília. É impossível não compartilhar com a protagonista cada sentimento por ela vivido. Ana Cristina Melo escreve de uma forma que eu amo: faz com que sinta cada emoção como se fosse a minha emoção. Ler o livro me fez rir, chorar, repensar, reviver a vida e voltar a sonhar! Já estou aqui desejando a próxima história.”

(Maria Alice Ferreira, professora, psicopedagoga e arteterapeuta)



sábado, 14 de maio de 2011

Corrida para o lançamento - Volta 1

Vamos imaginar que de hoje até mês que vem estejamos numa grande corrida no Mundo das Letras. Lá na linha de largada vou viver novamente a maternidade literária. Dessa vez, são gêmeos. Vão nascer juntos, mas com características diferentes. :)



Filhinho infantil: "Uma turma para Dora" (Ed. Vermelho Marinho), com lindas ilustrações de Eliane Raye, que conta a história de uma tartaruga muito bonita e esperta, que está apavorada com a nova escola. Ela sente saudade das amigas e teme os colegas tão diferentes que vai encontrar.

O primeiro lançamento está marcado para 14 de junho (terça), às 11h, no Espaço FNLIJ de Leitura do Salão FNLIJ (Centro de Convenções Sul-América, RJ). Em seguida, lançaremos em livraria e avisarei a data.

Filhinho romance juvenil: "De volta à Caixa de Desejos" (Ed. Vermelho Marinho) que traz novamente as protagonistas do livro "Caixa de Desejos". A parte mágica desse livro é que essa continuação foi um pedido dos leitores. Mas se em algum momento duvidei se faria ou não, logo me vi envolvida com as novas experiências da Marília e da Francine.

O primeiro lançamento está marcado para 11 de junho (sábado), às 13h, na Biblioteca FNLIJ para Jovens do Salão FNLIJ (Centro de Convenções Sul-América, RJ). Às 12h, estarei na Biblioteca FNLIJ para crianças, relançando o Caixa de Desejos.

Vocês vão ganhar 300 págs para matar as saudades da Marília. Mas para ajudar na espera, vou divulgar, diariamente, informações sobre ele.

Como se estivéssemos na primeira volta, curtam a sinopse:

Marília, uma jovem apaixonada pela literatura, prestes a entrar na fase adulta, vive de novo as turbulências desse rito de passagem. Ela, que achava sua vida perfeita, de repente, se dá conta que está no meio de um terremoto, muito parecido com o estado do seu quarto. São muitos os abalos: as brigas dos pais que ameaçam se separar, o namorado ciumento com quem ela não tem coragem de romper, a chegada do vestibular e de um novo amor, o estranhamento de sua melhor amiga e a chegada do enigmático Joca, trazendo sonhos, revelações e suspeitas para sua casa. Além, claro, da volta da meia-irmã Francine, carregando seus próprios problemas de relacionamento. Diante de tantos conflitos, só lhe resta apelar para a caixa de desejos que vó Laurinda lhe deixou antes de morrer. A caixa e a irmã traçam o fio invisível que Marília precisa para se equilibrar e achar novos caminhos.

Faltam 3 dias para a FLIST

O pessoal da capital não precisa ficar com ciúme da FLIP, em Paraty. Temos nossa feira também, é a FLIST - a Festa Literária de Santa Teresa, que esse ano homenageia o escritor Bartolomeu Campos de Queirós.

Bartolomeu recebeu diversos prêmios, entre eles: Jabuti, Prêmio FNLIJ, Prêmio Nestlé de Literatura, Prêmio ABL e Prêmio Iberoamericano SM de Literatura Infantil e Juvenil. Seu estilo de escrita no qual predomina a prosa poética é admirado por crianças e adultos.

A FLIST deste ano traz mais uma vez uma deliciosa programação, com contadores de histórias, bate-papos com autores e ilustradores, além de atividades para adultos.

Para conferir a programação completa, é só acessar: http://www.flist.org.br/.

Estarei lá, no dia 15 de maio (domingo), às 11h, no Parque das Ruínas (Salão), numa mesa de bate-papo com a querida escritora Edna Bueno.

Eu e a Edna temos muito em comum. Por formação, eu sou Analista de Sistemas; ela, Engenheira Química. Duas áreas que podem parecer não ter nada com Literatura e realmente não tem. O que cola na magia da literatura é o que carregamos em nossos corações desde a época de menina. Essa paixão adormecida que se encantou com as histórias e com o poder que elas provocam. E, da mesma forma, cedemos a esse chamado e fizemos nossas carteirinhas de acesso ao mundo da imaginação, aquele em que tudo é possível, no qual os relógios não têm ponteiros, e onde nos sentimos completamente em casa.

Então, é disso que vamos falar. Da paixão pela escrita, da carreira literária, dos livros publicados e do prazer de ler e escrever. Quer ouvir? Aparece lá.

E por falar em livros, veja de quais filhinhos literários vamos falar:



Edna vai apresentar seus livros "Entre os bambus", "A Ingrid veio ver o mar" e "Vovó e vento quanto movimento".



Eu vou falar do "Caixa de Desejos", que aliás faz aniversário hoje. Sim, há um ano ele era lançado na Livraria Argumento e começava seu caminho. Vou contar também dos lançamentos que estão saindo do forno: o infantil "Uma turma para Dora" e o romance juvenil "De volta à Caixa de Desejos", com lançamentos previstos para o Salão FNLIJ. Mas isto é para um próximo post!

Para quem estiver no Rio, vale dar um pulinho lá e conferir a programação que foi montada com todo carinho.

Por enquanto, sintam a delícia que foi tirar essa foto de divulgação:


domingo, 17 de abril de 2011

Minha aventura maluquinha

O mês de abril começou complicado. Um probleminha de saúde com a minha filha me fez desligar do mundo desde o dia três de abril. No final, graças a Deus, não foi nada grave. O “talvez” seja apendicite é que me surtou. O que uma palavra pode fazer na nossa vida, principalmente se ela significar dúvida?

Mas foi exatamente essa palavra que me fez repensar muita coisa. Repensar cada “talvez” da minha vida, cada “poderia ser diferente”. Às vezes achamos que só dá para fazer de um jeito, mas basta sermos sacudidos pela vida para percebermos, como se fosse um véu despencando à nossa frente, que há muitos outros caminhos que preterimos.

Então, antes de contar da minha aventura maluquinha (que não foi essa), deixo a dica. Não esperem ser sacudidos por algum problema. De vez em quando, é legal parar e fazer um balanço. E, se for preciso, igual acontece ao arrumar gavetas, jogar fora tudo que não é tão importante e rearrumar o que nos é imprescindível.

Fica a dica!



A partir do dia 14 passei a respirar novamente, de forma normal. E, então, pude parar para pensar numa das maiores aventuras que iria viver como escritora: participar do programa do Ziraldo como contadora de histórias!!!




Ter recebido esse convite me fez, além de dar um grito daqueles, ser transportada aos meus nove anos. E era como se eu pudesse me enxergar, sentada no sofá, lendo e relendo “O menino maluquinho”. Lendo, não: devorando! Devorando cada pedacinho de ilustração. Sim, porque no livro, o texto não se basta, ele se liga e se completa com as ilustrações, com os textos roubados dos cadernos do Maluquinho, com as imagens do olho maior que a barriga, e tantas outras.

Era como se eu me visse de novo lendo esse livro, era como se eu me visse de novo me apaixonando pela literatura, como se fosse a primeira palavra de uma frase, a primeira frase de um parágrafo, o primeiro parágrafo de um sonho. Muitos outros livros passaram pela minha vida e alimentaram essa paixão, mas “O Menino Maluquinho” certamente foi um deles, pois só um texto do qual ainda sentimos o gosto da leitura pode ser tão culpado assim. ;)

Quando me tornei escritora, quando lancei meu primeiro livro, achei que a alegria estava praticamente completa. Praticamente, pois depois de lançado um livro, nossa alegria se completa com a aceitação dos leitores. Mas a vida está sempre me surpreendendo. Está sempre me mostrando que não há limites para sonhar.

Voltando um pouquinho, lembro que uma dessas primeiras surpresas foi quando tive a oportunidade de estudar a obra de uma escritora por quem sou maluquinha; ali, ao lado de sua Editora, na Fundação Cultural. Sim, falo de Lygia Bojunga, por quem tantas vezes já me derreti aqui. E se isso já era maravilhoso, de repente, sou agraciada com sua presença, bem pertinho de mim, do meu lado, contando suas histórias, rindo e me recebendo com tanto carinho. E como a vida não brinca em serviço, um dia ouço ela me dizer que meu texto “tem vida”. Tipicamente como a Marília (de Caixa de Desejos) faria, deu vontade de dizer: “Para o trem, pois vou cair de emoção!!!”. Mas ainda bem que não fiz isso. ;)

Outras surpresas aconteceram na minha vida. Fui elogiada por escritores por quem tinha grande admiração, ganhei prêmios com meus contos, fui convidada para eventos importantes, chamada para dar entrevistas em rádio e tevê, e isso era como me tornar princesa, depois de ser borralheira. Era como encontrar fadas madrinhas a cada passo que desse.

Aprendi, então, que ainda posso sonhar com muitos castelos. Que a literatura é infinita em suas possibilidades de fantasia, que ainda tenho muitas alegrias para viver. Já nem consigo imaginar quais serão. Similar ao que Clarice Lispector descreve no seu conto “Felicidade clandestina” (que amo também!), eu finjo que não sei que ainda terei essas alegrias, só para me surpreender quando elas chegarem, só para vivê-las com toda ansiedade, com toda felicidade que elas merecem.

Bom, mas deixando minhas divagações sobre o futuro (ai que mania de escritora falar demais! rs), vim para falar da minha aventura maluquinha. Como disse, fui convidada a participar da 2ª temporada do Programa ABZ do Ziraldo (http://www.tvbrasil.org.br/abzdoziraldo), como contadora de histórias.


A gravação aconteceu ontem...

Às 9h30 eu e minha filhota chegamos ao estúdio e fomos recebidas com toda atenção. Logo seguimos para o camarim, para as mãos da fada Beth que transformou abóbora em carruagem, e me tratou com todo carinho, caprichando na maquiagem. Lá estavam também o Palhaço Matraca e sua assistente Amaralina, que logo virou Amaralinda, na hora da gravação.






Incluindo o Matraca e a Amaralinda, assistimos às gravações de quase todos os artistas. A Bia se juntou às outras crianças da plateia e curtiu muito! (Olha ela na primeira fila, de arquinho lilás na cabeça!) Foi ótimo, pois, numa hora dessas, dá muita mais segurança você estar nos bastidores, analisando os detalhes. Na minha vez, eu sabia tudo o que podia e não podia fazer no jeito de olhar para as câmeras. Bem, pelo menos na teoria, pois na hora da prática, a cartilha se perde na memória. rsrs






O dia foi passando e ficamos numa ida e vinda do estúdio para o camarim. E foi numa dessas vezes que encontrei a escritora Cristina Villaça (http://www.cristinavillaca.blogspot.com/), uma amiga virtual que tive o prazer de conhecer pessoalmente. Ela estava acompanhada de seu tatu simpático, protagonista do seu último livro “Viva eu, viva tu, viva o rabu do tatu!” (Ed. Escrita Fina). E ela se tornou uma companheirona até a hora de entrarmos em cena.


E nesses pequenos esbarrões percebemos como é bom ter com quem dividir um momento desses. Ter alguém que fala a nossa língua, que entende essa emoção de se ver no meio do mundo do Maluquinho. É como se o personagem do nosso livro preferido saísse do papel para vir para o nosso lado, e nos convidasse a uma doida aventura.

A produção ainda tinha muito mais pra mim: tiraram foto, me filmaram, montando um belo making-of, retocaram maquiagem... Aliás, uma pausa na história para dizer:

A produção foi nota 1000!!!

Só não vou citar nomes, pois alguns eu sei, outros esqueci de perguntar. E não seria justo deixar unzinho sequer de fora.

Me senti uma estrela de cinema. De um cinema que tem tudo a ver com imaginação, com alegria, com a magia da literatura.

Às três horas, chegou a nossa vez: a minha e a da Cristina Villaça. E como se fosse tudo combinado pelos astros, fomos juntinhas para o estúdio, para uma paparicar a outra, tirar foto e transformar aquele momento em algo mágico, algo com testemunha, para que depois a gente não precise pedir a ninguém que nos belisque. rsrs



Eu fui primeiro, meio assustada, diante daquela criançada. Não por eles, não pela contação de histórias, mas por estar ali, no meio do mundo do Maluquinho Ziraldo. Por estar vivendo aquele momento. É estranho lidar com tudo que nos invade: é o público infantil, nossa fonte de inspiração, é a nossa própria emoção, é a preocupação com o olhar da câmera, é a história que não pode fugir...






Mas como aconteceu em todas as vezes que entrei em sala de aula, nesses 23 anos de docência, o frio na barriga só dura até a primeira frase, até a palavra “gravando” da nossa vida, pois estamos acostumados a esse “gravando” que é até mais rígido, pois não tem o “vamos repetir”, no máximo, um “flashback”. E aí a minha Rita, personagem da história inédita “Uma amizade desenhada”, que sai até início do ano que vem pela Ed. Escrita Fina, ganhou vida, mãos, caras e bocas. Ganhou os olhinhos atentos das crianças, o olhar especial da câmera que me acompanhou... E, de repente, acabou. Os aplausos marcaram o fim. E a gente fica ali, tentando recolher todas as emoções, entender o que foi aquilo que acabamos de viver, o que é mais esse presente que a vida nos oferece.

Então, depois de todas as emoções arrumadas, eu digo:


Ziraldo, obrigada pelo Menino Maluquinho que entrou na minha vida, lá nos meus nove anos.

Obrigada por você me permitir que o Maluquinho entre na minha vida agora, quando eu passo para o lado de lá do papel.

Obrigada Lobato (e minha eterna companheira Emília), Pedro Bandeira, Lygia Bojunga, Ziraldo, Ana Maria Machado, Ruth Rocha e todos os escritores que plantaram os tijolinhos (sim, tijolos que crescem feito flor) desse país da imaginação, desse país da bela e iluminada literatura infantil. Vocês são responsáveis por eu estar aqui.


Então, vamos todos comemorar amanhã, dia 18 de abril, o Dia Nacional do Livro Infantil, recheando a alma de sonhos e imaginação.

E quando o programa for ao ar, eu estarei aqui para gritar pra todo mundo dia e horário, para todos conferirem o resultado.

Palavra de Emília borralheira! :)))

sábado, 2 de abril de 2011

Dia Internacional do Livro Infantil



Hoje acordei com vontade de escrever no meu diário virtual. Talvez meu subconsciente se lembrasse que hoje também é o Dia Internacional do Livro Infantil. Para quem não sabe, a data foi escolhida em homenagem ao escritor Hans Christian Andersen, um renomado escritor dinamarquês que está presente no imaginário de todas as crianças.


Mas alguém há de dizer: “Ai, Ana, ele não precisa de apresentação”. E eu me pergunto: “Será que não”? Pode haver alguém que não saiba quem ele é? Arrisco dizer: pode. Pode haver muitas pessoas que não saibam quem foi Andersen, mas impossível alguém não conhecer a história do patinho desajeitado, amado pela mãe, mas rejeitado por todos os outros, até se descobrir um belo cisne. Uma das primeiras histórias sobre Bullying. Ou ainda do amor do pobre soldadinho de chumbo pela bailarina de papel.

E é o que fica. Acho até difícil que alguém não se lembre do nome Lobato, mas ninguém há de dizer que não sabe quem é Emília e Visconde, muito menos nos tempos atuais em que tanto se discute se o autor era racista ou não, e se levantam algumas declarações preconceituosas vindas dele (bom, mas isso é para outro post).

Vejo em tudo isso que o que realmente nos sobra da literatura não é o autor, não é ele que se torna perene, mas suas histórias, sua forma de ver o mundo, transmudada em ficção.

São as palavras que colam na gente e nos transformam. O comum do ser humano é ser afetado mais pela palavra oral, pois ela nos vem como uma flecha, que atinge certeiro o coração ou a mente. Seria bom que essa flecha fosse sempre uma flecha de luz, que nos iluminasse por inteiro, que clareasse nossos sonhos, nossos pensamentos, como aconteceu comigo essa semana, pelas palavras de uma grande amiga. Mas nem sempre é assim. Às vezes passamos pela vida recebendo flechas envenenadas, e aí vai depender dos anticorpos que possuímos para conseguirmos espantar esse veneno e não deixar que ele destrua o que temos de bom. Pois o positivo leva anos para ser construído, enquanto o negativo se espalha no tempo de um segundo.

Isso é comum. O que não é tão comum é o efeito da palavra escrita. É preciso que tenhamos uma alma de leitor, para que ela venha e se incorpore ao nosso corpo, como uma vacina, que nos ajude a buscar e receber as flechas de luz, que nos ajude a bloquear e diluir os venenos do dia a dia, para que eles não nos destruam.

E nada melhor do que desenvolver essa alma de leitor quando criança, pois ainda assim, impúbere, temos nossas flechas e nossas feridas. Como é muito comum alguns acharem que as crianças ainda não são seres completos, elas tendem a receber apenas as flechas ruins. Então, lhes sobra encontrar nessas palavras escritas uma forma especial para serem ouvidas e processarem seus receios.

Por isso a literatura infantil é tão importante. Por isso são tão importantes essas homenagens, para que nossa memória não nos traia.

Às vezes a melhor terapia para uma criança pode estar na idiossincrasia que demonstra ao que lhe cai nas mãos, ao que transmuta de cada maldade das bruxas e monstros, entendendo suas próprias frustrações e seus próprios medos.

Olhando para trás, vejo que teria processado muitas mágoas se o livro tivesse feito parte da minha vida desde muito cedo. Mas em vez de lamentar essa falta, tenho que agradecer por tê-lo descoberto mais tarde e ter me apaixonado por ele com tanta força, que o amor transbordou para a escrita.

Que hoje seja um dia para lembrar a cada um do quanto as crianças e os livros são importantes. Do quanto eles precisam ser respeitados e amados. Do quanto precisamos da fantasia e do sonho, para que um dia a realidade seja palatável.

Então, hoje, pegue um livro infantil ou juvenil para ler. Depois leia para o seu filho também. Se passar por uma livraria, compre um livro para ele, ou para um sobrinho, um neto ou para o vizinho.

Chore com uma história triste, ria com uma história engraçada. Abrace o outro, e entenda seu medo. E depois entenda seus próprios medos.

Se dê esse direito de ofertar amor em forma de palavra!
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E falando de notícia boa...

Já está marcado o primeiro lançamento do meu juvenil De volta à Caixa de Desejos. Acontecerá em 18 de junho, no Salão FNLIJ. Em junho também o lançamento do meu infantil Uma turma para Dora.

Logo depois, muita festa e “bebemoração” num lançamento em Livraria.

Chegando mais perto, trarei capa e detalhes.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Originais entregues... hora de cobrir o vazio


Essa semana eu entreguei os originais do meu livro De volta à Caixa de Desejos (título provisório).

É um romance juvenil que continua a história da Marília no Caixa de Desejos. Não, não terá um terceiro livro. Inicialmente, não teria nem esse segundo, mas os leitores pediram e, de repente, eu também senti saudades da Marília e da Francine. Mas não havia mais o que contar sobre elas na época de meninas. Então, dei um pequeno salto no tempo e as levei para o início da fase adulta.

Quando o novo livro começa, Marília está a um mês de completar 18 anos. Francine vai completar 20 anos. Só que o princípio da fase adulta traz novos conflitos. O tema dos desejos e do quanto sonhamos com eles está de volta, mas em tons diferentes. Há um personagem masculino muito importante - o Joca - que vem com um sonho muito bem definido: se tornar um jogador de futebol.

Mas a vida não é feita apenas de sonhos, mas de realidade, e muitas vezes de uma realidade pouco palatável. E quando essa realidade se dilui na história da nossa família, seja ela no passado ou no presente, percebemos que é preciso entender muito mais dessa ascendência, para decidirmos nossos próximos passos.

E é assim, às voltas com novos amigos, com o Joca e seu sonho, com as provas de vestibular e com novos conflitos na vida pessoal e em família que Marília aprende que crescer é difícil, doloroso, mas é inevitável.

Há um trecho do primeiro capítulo que fala um pouco desse sentimento.

"A vida tem disso, às vezes não sabemos nem o que pedir. Estamos sempre buscando sonhos e, com eles, a felicidade. Mas do que somos capazes pra realizar esses sonhos? Havia um bom tempo que eu não tinha tantos pedidos pra guardar na caixa. Minha vida corria em paz, eu continuava escrevendo, tinha um namorado, amigos e planejava um futuro como escritora. Mas de repente tudo mudou."

Divulguei também no Twitter (http://www.twitter.com/anacristinamelo) duas frases que dão mais algumas dicas sobre a história:

"Nem sempre as pessoas são o que parecem ser. E nem sempre conhecemos o passado da nossa família".


O livro chegou ao fim. Um livro de cerca de 300 páginas, que me fez aprender muito. Entendi que aprendemos cada vez mais a cada livro que colocamos um ponto final. Talvez esse tenha demorado tempo demais para ser terminado, pois eu estava com medo. Medo de terminar. Medo de colocar o ponto final. Medo de encarar novamente a angústia da aceitação. Mas aprendi que não podemos ter medo. E quando entendi isso, produzi feito nunca, produzi em duas semanas mais do que em dois meses inteiros, e cheguei ao final, e então me veio o vazio, o vazio de ter chegado a esse fim, da história ter sido revelada, da tarefa ter sido concluída.

Falando em tarefa, logo me vem à mente o conto "A troca e a tarefa" da Lygia Bojunga, que está no livro Tchau. Se você não leu ainda, vai lá e compra. Vale a pena. É um livro lindo. E esse conto fala muito dessa angústia do escritor. E nos faz entender que nunca colocamos o ponto final. Apenas criamos mais um degrau, como a imagem que escolhi pra esse post. Não há ponto final. Há apenas um fechamento. É como se fechássemos um livro que acabamos de ler. E para quem tem paixão pela literatura vai entender o que vou falar: quando fechamos um livro, podemos ficar tristes de ele ter acabado, mas logo aplacamos nossa tristeza buscando uma nova história. Pois essa é a mesma sensação de um escritor.

É isso, essa tristeza, esse vazio, precisam ser aplacados. Mas dessa vez, já sei como lidar com meu medo. Ele vai existir, eu vou tremer quando o livro estiver pronto, vou me encolher temendo o que vão dizer, mas agora não posso pensar nisso, preciso continuar, dar o próximo passo, me entregar a novos personagens, aprender mais um pouco. E espero poder continuar esse aprendizado por muito tempo, criando pilhas de livros escritos como aqueles que estão lá no início. E cada vez que eu terminar um texto, que possa ter a vontade de começar outro, abrindo meus sentimentos para o mundo.

Então, conto com vocês para acolher meu próximo filhinho. Previsão: junho de 2011. Se os adultos gostaram tanto do primeiro, que tinha personagens no início da adolescência, tenho esperança que curtam bastante esse também.

E agora vamos a dois novos projetos: um outro livro infantojuvenil e meu primeiro romance adulto. Sobre o que são? Só falo quando colocar o ponto final.

Um lindo domingo pra vocês.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

1ª edição do Jornal Sobrecapa Literal


Já está no ar a 1ª edição do Jornal Sobrecapa Literal, com muitas seções e a proposta de divulgar a literatura nacional.

Acesse o link http://sobrecapa.wordpress.com/sobrecapa-literal/ para ler a 1ª edição. Lá também é possível assinar o jornal, para receber o aviso das próximas edições. A assinatura é gratuita.

E se você quer divulgar:

- dicas de livros
- eventos literários
- iniciativas literárias
- concursos literários
- matérias ou crônicas escritas por você ou que você leu

Participe da seção "Com a palavra, o leitor". No link acima tem o formulário para você mandar sua notícia.

Curta e espalhe a boa notícia!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Estou de volta, com a corda toda!

Voltei! Eu já havia me programado ficar um pouco off em dezembro e janeiro, mas por força de alguns probleminhas de saúde acabei ficando muuuito off.

Mas já estou com a corda toda de novo. Pelos próximos dias, pretendo mudar o layout do Canastra e passar a escrever com mais frequência, como se esse cantinho fosse meu diário pessoal literário, aliás, objetivo inicial dele. E como todo diário, toda vez que eu ler alguma matéria muito legal, que não queira perder o link, vou comentar aqui, como se fosse um pequeno recorte de jornal que colamos nas folhas dos nossos diários.

Muitas mudanças serão feitas nos meus espaços, para que o tempo possa ser dividido de forma justa, não só com as divulgações que não quero abandonar, mas com a minha própria literatura.

E para mostrar que esse espaço aqui é especial, divulgo em primeira mão as duas grandes mudanças que vão acontecer essa semana:

1º) O meu site Sobrecapa (dedicado aos lançamentos literários) passará a publicar um jornal virtual mensal, chamado Sobrecapa Literal. E a primeira edição vai ao ar amanhã (dia 3 de fevereiro). O jornal concentrará artigos, releases sobre livros, lista de mais vendidos (exclusiva da literatura nacional), dicas de português com uma colunista de mão cheia, agenda, concursos literários, dicas de cursos, e muito mais.

Pretendo abrir uma seção: "Com a palavra, o leitor", para que os leitores possam dizer o que está acontecendo de literário em suas cidades. Ou dar dicas de leituras.

É para ser um ponto de encontro, informal, do jeito que a leitura tem que ser.

2º) O blog Ficção de Gaveta (de concursos literários) será descontinuado. Ele passa a ser uma seção dentro do jornal Sobrecapa Literal.

Agora, novidades divulgadas, vamos voltar às anotações do meu diário...

Essa semana eu li uma matéria na Época, escrita pela Eliane Brum, que me deixou muito tocada. Tive o prazer de conviver em oficinas com o Luiz Ruffato, e a definição que a Eliane fez dele: "Ele é uma das pessoas mais encantadoras e generosas que já conheci. Encontrá-lo é como chegar em casa." é uma das definições mais perfeitas que alguém poderia fazer do Luiz. Ele é uma pessoa fantástica. Aliás, existem pessoas fantásticas no meio literário, mas também existem pessoas que, como disse a Eliane, são tão arrogantes e mesquinhas, que ufa!, é melhor chegar perto apenas dos textos, e olhe lá, porque às vezes nem o texto vale a pena. Mas o Luiz, não, ele é aquela pessoa que nos brinda com generosidade, com inteligência, e faz com que a gente sinta privilégio de ser seu amigo. Não deixem de ler a matéria "A Igreja do Livro Transformador" no site da Época, e conheçam um pouco mais desse cara fantástico.

Aliás, falando em generosidade, deixo aqui minhas orações e torcidas pelo Moacyr Scliar, que está internado depois de ter sofrido um AVC. Que ele fique logo bom, pois ele é outro autor que tive o prazer de conhecer e reconhecer a generosidade imensa, tão grande quanto o seu talento.

Força, Moacyr. Estamos torcendo por você.

E aproveitando matérias que nos deixam orgulhosos, confiram outra matéria da Eliane, dessa vez com o Rogério Pereira, editor do Rascunho, talvez o único jornal realmente literário que temos no país. Ele é um batalhador e um orgulho para o meio literário. Então, separem um tempinho e leiam também a matéria "A vingança de Rogério Pereira".

E para fechar o dia, uma super notícia: A Livraria Cultura vem para o Rio. Uhuuuuu!!!!

A grande rede inaugura duas lojas no Rio. A primeira e maior, com 3300 metros quadrados, será no Centro, onde funcionava o Cine Vitória (Cinelândia). A outra ocupará 1000 metros quadrados no shopping Fashion Mall.

Pena que vamos ter que esperar até o segundo semestre. Mas quem sabe eu já não lanço lá o "De volta à Caixa de Desejos", que será publicado esse ano. :)

Beijinhos e até a próxima anotação no meu diário.