quarta-feira, 31 de março de 2010

Promoção "O campeonato"


Dando continuidade às promoções do site Sobrecapa, em parceria com o blog Canastra de Contos e o site Paula Cajaty, sortearemos o romance “O campeonato”, de Flávio Carneiro.


Em 2009, Flávio relançou seu romance policial O Campeonato, que faz parte de uma trilogia que ele dedica ao Rio de Janeiro, dialogando com diversos gêneros: o policial, o fantástico (em A confissão) e a ficção científica (em A Ilha, a ser publicado em 2010).


Essa primeira história começa com André, que tem 26 anos e um único vício: ler romances policiais. Quando abre um, não consegue parar até que chegue à última página. Já foi demitido de três empregos (o último deles numa biblioteca) por ter sido pego no flagra: em pleno expediente, devorando as páginas de uma história de detetives. Sem rumo na vida, pressionado pela namorada – que o leva a um analista numa última tentativa de frear sua obsessão pela leitura – e pelo irmão mais velho e bem-sucedido profissionalmente, o rapaz resolve fazer um curso de detetive particular por correspondência, unindo sua paixão literária à necessidade de arranjar um emprego. André é narrador de O Campeonato, agora com nova edição revista por Flávio, com um texto mais enxuto, ágil e envolvente.

Depois de anunciar seus serviços de detetive num jornal citando Edgar Alan Poe, André recebe enfim seu primeiro cliente, um milionário que se identifica apenas como Montenegro e cujo filho, Pedro, de 18 anos, desapareceu misteriosamente. As pistas são escassas e os responsáveis pelo desaparecimento do rapaz não entraram em contato com a família pedindo resgate. Juntos, André e seu inseparável amigo e assistente, o Gordo – com o qual divide a paixão por romances policiais –, começam a desvendar segredos que envolvem figuras da alta sociedade carioca, personagens misteriosos e belas mulheres, como a sedutora detetive Mariana e a adolescente Lívia.

A investigação leva André a descobrir uma bizarra competição, batizada apenas de O Campeonato, que pode colocar em risco sua vida e a de pessoas próximas, numa espiral de suspense que se mantém até o fim.
Para conhecer mais sobre o romance, leia a divulgação que fizemos no Sobrecapa.


Leia também a resenha escrita pelo crítico José Castello e publicada no Caderno Prosa & Verso (O Globo), de 28/11/2009.

Para participar da promoção, envie por e-mail, até 02 de abril (sexta), seu nome e cidade, para sobrecapa@anacristinamelo.com.br, colocando no campo assunto “Promoção O Campeonato”.

Um exemplar do romance será sorteado entre os leitores que participarem da promoção. O resultado será divulgado até o dia 04 de abril.

Não percam!!!

domingo, 28 de março de 2010

Algumas notícias do fim de semana

Algumas notícias interessantes do fim de semana:

1. O primeiro romance da escritora Carol Bensimon, Sinuca Embaixo d'água, será adaptado para o cinema. (Fonte: Sabático de 27/03)

2. A nova editora carioca Flâneur (http://www.editoraflaneur.com.br/) trará em maio o seu primeiro lançamento, uma antologia de contos que fará com que escritores contemporâneos dialoguem com escritores consagrados, transformando-os em personagens de seus contos. Na fila dos escritores-personagens, entre outros, Homero, Oscar Wilde e Roberto Bolaño. Na fila dos autores da antologia, entre outros, Nelson de Oliveira, Carola Saavedra, Manoela Sawitzki e Marcelo Moutinho. (Fonte: Sabático de 27/03)

3. O Prosa & Verso lançou a nova edição do concurso literário "Contos do Rio". Conferir em http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/posts/2010/03/27/regulamento-do-concurso-cultural-contos-do-rio-278125.asp.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Março de aniversários e recomeços

Dizem que o ano só começa depois do Carnaval. É constante a sensação de que precisamos de uma espécie de marca, para recomeçar, para dizer que tudo vai ser diferente, para desejar mais, realizar mais, sofrer menos.

Para mim, os dias que antecedem o de hoje (26) são sempre tristes. Desde nova tenho uma espécie de pré-depressão-aniversário. Talvez por me ver diante de mágoas antigas, do que não deu certo, um último choro pelo que passou para que o dia seja o recomeço, só de sorrisos, alegrias, esperanças.

Esse ano minha tristeza foi menor. Tento pensar o motivo, mas desisto. Prefiro contabilizar como maturidade. É melhor assim. É bem melhor assim. Tenho muito o que agradecer na minha vida. E se tem alguma promessa de aniversário que faço é viver mais cada dia, sofrer menos com as chuvas, sorrir mais com o sol.

Há um sonho muito antigo que foi sendo plantado aos pouquinhos, e agora começo a ver as folhinhas. E espero que vocês possam apreciar essa nova plantinha comigo.

Em maio lançarei meu primeiro livro de ficção. Não é o primeiro livro (já que tenho livros técnicos publicados), mas é como se fosse. É o recomeço, com os sonhos de menina que não se perderam, com o amor que sempre esteve aqui. Em outro post, falo um pouco mais sobre ele.

Falando em sentimento, lembro com carinho do Ayrton Senna, que há cinco dias teria feito 50 anos, se não fosse aquele 1º de maio que marcou tanta gente. Lembro como chorei, lembro como podemos sofrer mesmo fazendo o que mais amamos.

E falando em ídolos, tem os que choram também a partida de Renato Russo que amanhã também faria 50 anos. Para ele, entre as homenagens, há uma antologia de contos em que os escritores se basearam nas músicas da Legião Urbana. A ideia foi do escritor e poeta Henrique Rodrigues. Uma grande ideia e um grande livro como resultado, que será lançado amanhã no Cinematheque, em Botafogo. Vale conferir, pois o time é de primeira. Baterei ponto, para prestigiar os amigos por mais esse sucesso.

Para saber mais sobre o livro, acesse matéria que saiu no O Globo. Para ler detalhes sobre o livro, acesse a divulgação que fiz no Sobrecapa.

terça-feira, 23 de março de 2010

Obrigatório? Só o amor pelos livros.

Discutir literatura obrigatória no nível escolar é quase tão perigoso quanto entrar em discussão sobre religião, esporte e futebol.

Mas é preciso falar do tema, mais do que isso: repensar. No início do século passado não tínhamos televisão, vídeogame, computadores, internet, redes sociais, celulares ou qualquer outra tecnologia como as que existem hoje desviando a atenção dos jovens. Eles tinham o rádio, os livros e um mundo cheio de regras e proibições. Era natural, portanto, que a "alfabetização literária" acontecesse naturalmente. Era o único caminho para descobrir, explorar, viver outras realidades. Machado de Assis ou José de Alencar falavam de uma realidade que não era tão antiga assim para o que eles viviam. Mas isso já não é uma verdade atualmente. O que será que encantará mais um jovem: ler um texto no qual temos canapés (e não é de comida que falo) em um cômodo e as pessoas se locomovem por tílburis ou um outro texto em que jovens como eles têm os mesmos hábitos ou se aventuram em mundos paralelos?

A resposta e a fórmula são muito simples: dê a um jovem a chave para a fantasia e ele não mais irá abandoná-la. Pense nas crianças e adolescentes dos anos 20 e no que significaram para eles leituras como Monteiro Lobato ou Mark Twain? É só transpor isso para o dia de hoje e será possível entender o que Harry Potter foi capaz de fazer com nossos adolescentes.

Então por que se diz que o jovem de hoje não gosta de ler? Basta analisar as ideias difundidas atualmente para encontrar a resposta. Temos a escola mantendo um modelo antigo, e tantos outros acadêmicos corroborando com a ideia de que os clássicos devem ser leitura obrigatória para jovens de 11 a 17 anos. Tenho um adolescente em casa, apaixonado por livros, e digo com a experiência de quem ama a literatura e é mãe: os jovens de hoje não têm maturidade para apreender um clássico. Não sem a bagagem literária que eles não receberam. Mais do que isso, temos um modelo que considera que esse jovem só é culturalmente aceitável se ler os clássicos. Então, ele se torna um pária sem nem saber o que significa isso.

Precisamos despertar nessas crianças o amor pelos livros. Um amor que uma vez aprendido, não se cura. Sabe como foi a injeção que inoculou esse vírus maravilhoso em mim? No antigo primário, uma injeção de poemas, encenações de textos de Maria Clara Machado e, no ginásio, textos de aventuras da tradicional Coleção Vaga-lume. E aqui estou hoje: sem preconceitos. Adorando Clarice, Machado, Garcia Marquez, Fernando Sabino, Flaubert, entre tantos outros, assim como admirando o texto e o trabalho que escritores como J.K. Rowling e Thalita Rebouças estão fazendo. Meu filho leu o primeiro livro de Harry Potter aos 7 anos. Aos 8, devorava os livros seguintes, com mais de 300 páginas. Acho que não é preciso dizer mais, não é?

Se eu tivesse que montar uma receita de bolo para os professores, ela seria assim:

1. Treine a fantasia. Faça rodas de leitura antes das crianças aprenderem a ler;
2. Exercite a fantasia. Dê para alunos do 2º ao 5º ano livros que despertem o lado lúdico;
3. Coloque em prática a fantasia. Faça os alunos "viverem" o livro, encenando peças de teatro com obras que despertem a fantasia e a imaginação;
4. Incentive a fantasia. Dê para as crianças de 6º ao 9º ano contos e novelas de aventuras, que expressem suas angústias e dúvidas. E proponha que eles interajam com esses livros, mudando suas histórias, criando continuações.
5. Exemplifique a fantasia. Vale para pais e professores: deixe seus alunos e filhos lhe verem com um livro nas mãos. Mantenha estantes de livros em casa e na escola, ao acesso deles. Deixe livros sobre as mesas, sobre a cama. Leia para eles trechos que achou engraçados ou inteligentes. Desperte a curiosidade.
6. Desmistifique a fantasia. Nunca transforme a literatura numa obrigação.
7. Incentive a liberdade. Não tenha preconceitos quando uma criança ou um jovem estiver lendo um livro. Principalmente, se esse pequeno objeto estiver arrancando um sorrindo dele.

Hoje saiu na Megazine do Jornal O Globo uma matéria muito boa a respeito da leitura obrigatória nas escolas ("Até que ponto as listas de livros cobradas pelas escolas despertam o interesse pela leitura"). Vale a pena conferir. Leia também, em O Globo, a recomendação de alguns escritores sobre o tema e a lista obrigatória de alguns colégios de Ensino Médio.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Últimas notícias

No último dia 16 de março, foram anunciados os finalistas do Prêmio Hans Christian Andersen, o prêmio internacional mais importante da Literatura Infanto Juvenil, conferido pela IBBY. Os vencedores serão anunciados no próximo dia 23 de março, na Feira de Bolonha.

Autores

· Ahmad Reza Ahmadi (Irã)

· David Almond (Reino Unido)
· Bartolomeu Campos de Queirós (Brasil)
· Lennart Hellsing (Suécia)
· Louis Jensen (Dinamarca)

Ilustradores

· Jutta Bauer (Alemanha)
· Carll Cneut (Bélgica)
· Etienne Delessert (Suíça)
· Svjetlan Junakovic (Croácia)
· Roger Mello (Brasil)


Parabéns, Bartolomeu e Roger! Continuem levando ao mundo a qualidade da literatura infantojuvenil brasileira.
 
Fonte: http://www.ibby.org/index.php?id=1016
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No Rio: Hoje tem lançamento de "O marido perfeito mora ao lado", de Felipe Pena, na Travessa do Leblon, a partir das 19h. Haverá perfomance de atores e um divã. Só conferir!

Confira divulgação no site Sobrecapa.

Confira vídeo promocional do livro, produzido pela Record e pela Guayamu: http://www.youtube.com/watch?v=XhCAkLwSqHo


Em São Paulo: Thelma Guedes lança sua antologia de contos "O Outro Escritor", com a palestra “A formação do escritor”. A organização é da Casa do Saber e Livraria da Vila do Shopping Cidade Jardim (Av. Magalhães de Castro, 12000 – São Paulo/SP. Tel.: 11 3755-5811). Marcada para às 19h30, a palestra vai abordar as referências literárias que formam um escritor e se inserem na sua criação, bem como o momento de libertação, quando ele se torna independente dessa influência e faz um verdadeiro acerto de contas com os mestres da literatura.

Fui ao lançamento no Rio e comecei a ler o livro. Pelo que já degustei, eu aprovo.

Leia matéria publicada hoje no Estadão.

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"A União Brasileira de Escritores elegeu no dia 15 de março a nova diretoria para o biênio 2010-2012. Joaquim Maria Botelho, jornalista e ensaísta, assume a presidência, tendo como vices o também jornalista e escritor Audálio Dantas e a poeta Renata Pallottini. Defendendo a recuperação da relevância da entidade em temas fundamentais da política cultural, a nova diretoria já está participando ativamente das discussões da nova lei de direito autoral e planeja eventos de debates literários para breve. A primeira iniciativa da nova diretoria é a criação do Conselho Nacional dos Escritores do Brasil, do qual constam nomes importantes no cenário literário, como Lygia Fagundes Telles, Levi Bucalem Ferrari, Cícero Sandroni e Luiz Alberto Muniz Bandeira."
Fonte: Estadão e Publishnews

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terça-feira, 16 de março de 2010

Próximos cursos da Estação das Letras

Para quem está no Rio, confira os próximos cursos da Estação das Letras.  Mais informações, acesse o site  (http://www.estacaodasletras.com.br/) ou ligue (21) 3237-3947.

  • A Ciência e a arte da biografia, com Ruy Castro.Dias 22, 29/03, 05 e 12/04 (2ªs feiras) das 19 às 21h
    R$ 350,00

  • Narrativas Breves e outras nem tanto, com Marcelino Freire.Dia 19, das 18 às 21h. Dia 20, das 10h às 13h.
    R$ 250,00

  • Laboratório de Vivência Literária, com Luiz Ruffato.Dia 20/03, das 10 às 16h
    R$ 250,00

segunda-feira, 15 de março de 2010

Clipping literário

Vou dividir com vocês, um pouco do que li nos últimos dias, além das ótimas matérias do Sabático, que citei no penúltimo post:

A Academia vai à escola
(Fonte: Estadão)

Membros da Academia Paulista de Letras (APL) terão de voltar à carteira da escola. Isso porque o projeto Escritor na Escola, que está na segunda edição, levará nomes como Lygia Fagundes Telles e Ignácio de Loyola Brandão para palestrar em dois centros de ensino público na zona norte (cada um com 2 mil alunos). Além das apresentações dos acadêmicos, convidados promovem oficinas, narrações de histórias, peças teatrais, saraus, lançamentos de livros e um concurso literário. "Os estudantes estão bem empolgados", afirma Plantina Melo, diretora da Escola Estadual Buenos Aires, em Santana. "Principalmente com os prêmios em dinheiro que serão dados aos vencedores do certame." Para o presidente da APL, José Renato Nalini, é dever da Academia criar iniciativas do tipo. "Precisamos incentivar a leitura", diz. "E justificar à população o dinheiro público que mantém a APL."
Literatura deve tratar temas da vida
(Fonte: Estadão - 14/03/2010)
Entrevista com Ricardo Azevedo, 60, autor de mais de cem livros para crianças e jovens

O que o senhor acha de se mudar o enredo de clássicos?


Se as pessoas que propõem essas mudanças querem educar, creio que estão no caminho errado. Educar é formar crianças e jovens que sejam expressivos, tenham pensamento crítico e também a clara noção de que têm responsabilidades para com a sociedade em que vivem. Não será alterando a letra de "Atirei o pau no gato" que vão conseguir isso. (Leia a matéria completa no site do Estadão)


Cartas inéditas de Salinger aparecem em Nova York
(Fonte: Estadão - 15/03/2010)

Algumas cartas inéditas que o falecido escritor J.D Salinger trocou com um de seus amigos íntimos, o mesmo que desenhou a primeira capa de "O Apanhador no Campo de Centeio", serão expostas nesta terça, 16, na Biblioteca do Museu Morgan de Nova York.



Os seguidores de Salinger (1919-2010), que em vida controlou com mãos de ferro sua imagem pública, terão agora a oportunidade de conhecer detalhes da vida privada do romancistas, com as duas séries de cartas que a instituição novaiorquina obteve em 1990 e se havia negado a exibir até a morte do escritor.

(Leia matéria completa no site do Estadão)
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Rapidinhas:

- Leia divulgação do livro "Ciumento de carteirinha", de Moacyr Scliar, publicado no blog Palavra Escrita, da jornalista Maristela Scheuer;

- A Cosac Naify doou todo seu catálogo infanto-juvenil e adulto – mais de 770 títulos – para a Biblioteca de São Paulo, informa a coluna Direto da Fonte, do Estadão. (Fonte: Publishnews)

- Depois da Itália, França e Portugal é a vez de a Argentina conhecer Eles eram muito cavalos (Record), de Luis Ruffato, avisa a coluna Informe Ideias. A tradução do romance sai pela editora portenha Eterna Cadência, também uma charmosa livraria que fica na esquina das ruas Honduras e Fitz Roy, no bairro de Palermo. (Fonte: Jornal do Brasil).

- O escritor Michel Laub começou a publicar em seu blog ótimos depoimentos de escritores sob o título  "Cem escritores brasileiros e suas manias quando escrevem". Já tem o post #1, #2 e #3. Vale a pena conferir.

Poesia de Manoel de Barros

Copio aqui a poesia de Manoel de Barros, publicada no Sabático, edição do dia 13.

"Eu vi duas borboletas amarelas pousadas no
                         muro da tarde.
A borboleta maior enfiou uma coisa fininha
               que nem tripa de lambari
                          na borboleta menor.
Ambas tremeram de amor durante.
               Depois voaram buliçosas pelas ruas do jardim."

domingo, 14 de março de 2010

Clipping do Suplemento Sabático, do Estadão

Para quem não teve oportunidade de ler a primeira edição do novo Suplemento Literário do Jornal Estadão -- Sabático, poderá acompanhá-lo via clipping que montei.

Piratas da pena de pau
Por Sérgio Augusto

O ano mal começou e já temos um escândalo na bibliosfera. E na mesma Alemanha onde há seis anos um professor de literatura acusou Nabokov de haver plagiado a Lolita que um obscuro Von Lichberg inventara quatro décadas antes. Na primeira semana de fevereiro, um blogueiro berlinense dedurou a escritora Helene Hegemann como plagiária de outro blogueiro. Para o seu romance de estreia, Axolotl Roadkill, sarabanda de sexo e drogas nos clubes noturnos de Berlim, Hegemann contrabandeou trechos de Strobo, versão impressa de um diário criado na web por um internauta que se assina Airen.


O diário de Airen encalhou nas livrarias; o remix de Hegemann virou best seller e ainda ficou entre os finalistas do prêmio literário da Feira de Livros de Leipzig, cujos jurados se curvaram à racionalização da autora: "Não me considero ladra. O que fiz foi pôr o material extraído de outro contexto em nova perspectiva, estabelecer um diálogo." (Leia a matéria completa no site do Estadão).

Coluna Babel
Várias notícias do meio literário
Por Raquel Cozer e Andrei Netto

DESCOBERTA

Borges e Vinicius em diálogo sobre a beleza

Com a serrote #4 saindo do forno por estes dias, o Instituto Moreira Salles já tem uma pepita garantida para a quinta edição da revista, que chega às livrarias apenas em julho. Trata-se de um bate-papo entre Vinicius de Moraes e Jorge Luis Borges, datado de 16 de setembro de 1975 e quase nada conhecido por aqui. A transcrição do diálogo foi localizada no anuário do La Vanguardia pelo poeta Eucanaã Ferraz, consultor literário do IMS, e terá agora a primeira tradução para o português. É uma conversa organizada pela jornalista argentina Odile Baron Supervielle e que Vinicius trata de tornar descontraída. Em meio a discussões sobre morte, amor e bebida, o poetinha pergunta ao portenho (já cego àquela altura) como ele percebe a beleza feminina. O escritor responde que pode senti-la, mas que não a considera fundamental. "Há feias que são amadas", diz, ao que Vinicius reage: "Mas muito, muito feias, não, Borges. Há feias que não têm remédio." (Leia essas e outras notícias no Estadão)

06.10.1956: Obra-prima sem nada que a precedesse
Na edição de estreia do Suplemento Literário que circulou no Estado de São Paulo, entre 1956 e 1974, o crítico Antonio Candido reagiu assim ao analisar Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa

Este romance é uma das obras mais importantes da literatura brasileira - jacto de força e beleza numa novelistica algo perplexa como é atualmente a nossa. Não segue modelos, não tem precedentes; nem mesmo, talvez, nos livros anteriores do autor, que, embora de alta qualidade, não apresentam a sua característica fundamental: transcendencia do regional (cuja riqueza peculiar se mantém todavia intacta) graças á incorporação em valores universais de humanidade e tensão criadora. (Leia a matéria completa no site do Estadão)

Homem contempla barcos encalhados
Conto inédito de Ronaldo Correia de Brito, parte do livro Retratos Imorais

( Leia no Estadão )


Eletrônicos duram 10 anos; livros, 5 séculos
Por Ubiratan Brasil
Ensaísta e escritor italiano fala em entrevista exclusiva de seu novo trabalho, "Não Contem com o Fim do Livro".

O bom humor parece ser a principal característica do semiólogo, ensaísta e escritor italiano Umberto Eco. Se não, é a mais evidente. Ao pasmado visitante, boquiaberto diante de sua coleção de 30 mil volumes guardados em seu escritório/residência em Milão, ele tem duas respostas prontas quando é indagado se leu toda aquela vastidão de papel. "Não. Esses livros são apenas os que devo ler na semana que vem. Os que já li estão na universidade" - é a sua preferida. "Não li nenhum", começa a segunda. "Se não, por que os guardaria?"

Na verdade, a coleção é maior, beira os 50 mil volumes, pois os demais estão em outra casa, no interior da Itália. E é justamente tal paixão pela obra em papel que convenceu Eco a aceitar o convite de um colega francês, Jean-Phillippe de Tonac, para, ao lado de outro incorrigível bibliófilo, o escritor e roteirista Jean-Claude Carrière, discutir a perenidade do livro tradicional. Foram esses encontros ("muito informais, à beira da piscina e regados com bons uísques", informa Umberto Eco) que resultaram em Não Contem Com o Fim do Livro, que a editora Record lança na segunda quinzena de abril. (Leia a matéria completa no site do Estadão)

Biblioteca de NY, refúgio na crise
Por Lúcia Guimarães
Com 40 milhões de visitas em 2009, instituição adaptou programas para ajudar a população a enfrentar fase difícil

Qual é o local mais visitado do planeta? Acertou quem respondeu Times Square, o coração de Manhattan que recebe uma média de 35 milhões de visitantes por ano. A estatística é imprecisa e pode ser questionada. Mas, qual a instituição que atraiu mais visitantes na região metropolitana de Nova York em 2009 e é mais frequentada do que todas as outras atrações culturais e esportivas somadas? A Biblioteca Pública de Nova York.


A casa recebeu 40 milhões de visitas em 2009; NY tem 8 milhões de habitantes. E, se o leitor está coçando a cabeça com a ideia de que o desemprego e a recessão transformaram os nova-iorquinos em diletantes, pense de novo. Imagine a economia com a conta de aquecimento a óleo se é possível enfrentar o desemprego em pleno inverno no calor aconchegante de uma sala de leitura? E se o funcionário da biblioteca pode ajudá-lo a escrever um currículo e tem conhecimento suficiente para informar quais as áreas que estão contratando? O crash de setembro de 2008 encheu as bibliotecas americanas não só de desempregados como também de crianças cujos pais perderam acesso a babás e programas pós-escolares. Veja no vídeo desta entrevista com Paul LeClerc, disponível no Portal Estadão, como se criou o culto à biblioteca na vida americana e como a Biblioteca de NY adaptou programas para ajudar a população a enfrentar a crise. (Leia a matéria completa no site do Estadão)

Convite ao jogo da literatura
Por Silviano Santiago

(Não disponível online)



Um Herói fiel a seu código de valores
Por Aurora Bernardini
Khadji-Murát, do russo Liev Tolstói, mantém-se atual, na forma e na trama, ao traçar perfil de guerreiro tchetcheno

Este breve romance, Khadji-Murát, na tradução de Boris Schnaiderman revista para esta edição da Cosac Naify (a anterior, com o mesmo título, foi da Cultrix em 1986), é um presente de Liev Tolstói para a literatura mundial. Durante décadas, ele carregou os manuscritos inacabados em suas viagens - são 2.166 páginas de rascunhos! - e só conseguiu pôr um ponto final no livro em 1905, cinco anos antes de morrer, quando contava 82. A obra, aliás, só foi publicada postumamente. Se, do ponto de vista estilístico, Khadji-Murát insere-se entre as obras máximas do autor - que, depois de refazer várias vezes um trecho, chegou a dizer algo como "escreveu bem, o velho!", frase relatada por Máximo Górki, conforme atesta o prefácio da edição - , no âmbito da trama, cuja ação se passa na Tchetchênia, ele se revela de extrema atualidade. ( Leia matéria completa no site do Estadão )

Manoel de Barros, o Poeta que veio do chão
Por Daniel Piza
Aos 93 anos, o poeta associado ao Pantanal prefere pisar todos os dias no asfalto

Manoel de Barros jamais gostou de ser chamado de "poeta do Pantanal" ou, pior ainda, "poeta pantaneiro". Aos 93 anos, com livro novo, Menino do Mato, e sua Poesia Completa (editora Leya, 96 págs., R$ 29,90 e 496 págs, R$ 69,90), ele diz que pela primeira vez usou a palavra Pantanal num verso, pois considera o Livro de Pré-Coisas (1985) uma espécie de roteiro poético. Está ali, no sexto e último poema da primeira parte do livro que está chegando às livrarias: "As águas são a epifania da criação./ Agora eu penso nas águas do Pantanal." E um pouco adiante: "Penso com humildade que fui convidado para o banquete dessas águas. Porque sou de bugre. Porque sou de brejo." Mas não é à beira d’água ou no brejo que o poeta mora, e sim numa casa de muros de tijolos na zona norte de Campo Grande, de quase nenhum quintal.


"Lá tem muito mosquito", diz ao justificar por que não mora no Pantanal. É como se quisesse guardar apenas na geografia da infância sua ligação com rios, bichos e plantas. Até os 8 anos, morou numa fazenda perto de Corumbá, em cujo chão brincou com as criaturas que tanto aparecem em sua poesia: sapos, formigas, lesmas, passarinhos, borboletas. Quando adulto, nos anos 50, morou ali por mais dez anos sem escrever um verso sequer - até que pudesse "financiar o ócio", ou seja, ter dinheiro para se mudar e sobreviver como poeta. Nos outros 65 anos de vida, só morou em cidades: Rio, que diz até hoje adorar, e Campo Grande, que preferiu a Cuiabá pelo clima menos impiedoso. O poeta pantaneiro, quem diria, gosta de asfalto. ( Leia a matéria completa no site do Estadão )

sábado, 13 de março de 2010

José Castello estreia blog para trocar ideias com seus leitores

Para quem lê o Prosa e Verso de sábado e principalmente a coluna de José Castello, terá mais um canal para ler ou, melhor, trocar ideias com ele.

É que estreia hoje seu blog "A literatura na poltrona" (http://www.oglobo.com.br/blogs/literatura) no site do Globo, no qual ele pretende dividir com seus leitores suas leituras e impressões. Mais do que isso, ele propõe um clube de aventureiros, em que os "leitores possam se apoiar e compartilhar suas aflições. Possam trocar leituras e experimentar novas maneiras de ler. Possam se sentir, enfim, um pouco menos desamparados.", diz ele, no primeiro post.

O nome do blog é o mesmo do livro que ele lançou em 2007, que eu li e me encantou. Um livro que de vez em quando pego para me salvar. Em junho de 2009, publiquei aqui no Canastra um post com alguns trechos. Vale conferir o livro, o blog e a coluna semanal dele.

Para quem quer relembrar seus escritos, também postei aqui, na época que fazia o clipping dos cadernos literários, alguns de seus textos:

Setembro de 2009: O crítico aprendiz, sobre A Conjura, de José Eduardo Agualusa
Julho de 2009: Sophie, a encoberta, sobre Histórias Reais, de Sophie Calle
Junho de 2009: A bofetada metafísica, sobre Monte Veritá, de Gustavo Bernardo.

Então, é só aproveitar.

Reconhecimento de nossos escritores



Saiu nos EUA uma antologia bem bacana, "Brazil: a traveler's literary companion", editada por Alexis Levitin. O livro reúne histórias de autores brasileiros falando de alguns lugares do país. Essas histórias que abrangem desenhos, poemas em prosa e contos, busca cobrir uma ampla geografia de nosso país, não só física, como temática e estilistíca.

Contos retratando vários cantos de nossa terra: Amazônia, Nordeste, Centro-Oeste e Sul, nossas metrópoles, São Paulo e Rio de Janeiro.

Para sentir orgulho da literatura brasileira, acessem o link da Amazon.

Para ter um gostinho do que foi feito, curtam o conto "The Pageant", de Flávio Carneiro, que também saiu na revista Litro, de Londres. Essa revista que tem formato aproximado de folheto de bolso é distribuída gratuitamente em vários lugares da cidade, sobretudo nas estações de trem e metrô.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Instituto Cervantes traz Eduardo Subirats ao Rio para lançamento de livro


Eduardo Subirats, grande nome da literatura espanhola, apresenta “A existência sitiada”, seu novo trabalho, com debate, no dia 18, na Livraria da Travessa 1.

A destruição industrial da biosfera, a crise financeira mundial, a disseminação da fome e a globalização da violência são algumas das questões abordadas no livro “A existência sitiada” (Romano Guerra Editores), de Eduardo Subirats. O respeitado autor espanhol vem ao Rio de Janeiro para lançar seu trabalho na Livraria da Travessa 1 (Travessa do Ouvidor, 17 – Centro), dia 18 de março (quinta-feira), às 18h.

Professor de filosofia, arquitetura e literatura, Subirats já lecionou em São Paulo, Caracas, Madri, México e Princeton e atualmente mora em Nova York. No evento organizado pelo Instituto Cervantes, além do lançamento, o autor conduzirá, ao lado de Emir Sader, o debate “Teoria crítica e desordem mundial”. Mestre em Filosofia Política e Doutor em Ciência Política, Sader é o atual diretor do Laboratório de Políticas Públicas da UERJ, onde é professor de Sociologia.

Eduardo Subirats nasceu em Barcelona, em 1947, e estudou em Paris e Berlim. Desde a década de 70 vem desenvolvendo ensaios interessantes e originais, tanto de caráter jornalístico quanto os mais teóricos e densos. Publicou vários livros sobre teoria da cultura e crítica do colonialismo, teoria estética e filosofia moderna, como “Da vanguarda ao pós-moderno”, “A cultura como espetáculo” e “Memória e exílio”.
 
“A existência sitiada”, lançado pela primeira vez no México, em 2006, relata uma experiência intelectual de uma longa década, compreendida entre a primeira guerra do Iraque e o lançamento midiático da guerra global. Subirats analisa a irresponsabilidade científica, a intimidação dos intelectuais, o esvaziamento da arte moderna e o niilismo tecnocrático. Ainda assim, o autor encontra esperança nessa era de escárnio e angústia.


O Instituto Cervantes é o único centro oficial de línguas do governo da Espanha, com 80 centros espalhados pelos cinco continentes. Além de ministrar o ensino do espanhol, o Instituto tem o importante papel de ser um difusor da cultura da Espanha promovendo atividades culturais em vários locais da cidade, como mostras de cinema, shows, espetáculos teatrais, de dança e exposições.

Fonte: Factual Comunicação

quinta-feira, 11 de março de 2010

O mundo literário em ação

1) “Assim como divulgamos refrigerantes e outros produtos, precisamos também divulgar a nossa literatura infantil. A vida do indivíduo começa com a leitura desde a sua mais tenra idade”.

Essa frase poderia ter sido dita por qualquer escritor brasileiro, pois sofremos do mesmo mal. Mas foi dita por Kanguimbo Ananás, uma escritora angolana que proclama a divulgação da literatura infantil.

Leia matéria publicada no site Angop (Agência AngolaPress).

2) Por outro lado, há um grupo especial que está se mexendo para levar a literatura aos brasileiros. E sabemos que os eventos literários são importantíssimos para isso. Assim, é com alegria que recebemos a notícia da 1ª Bienal do Livro do Paraná. Andréia Repsold, sócia da GL events no Brasil e vice-presidente da Fagga Eventos, conta que a decisão de investir em Curitiba surgiu após uma pesquisa de mercado, que mostrou que a cidade tem um público leitor em potencial.

O jornalista Rogério Pereira, fundador do jornal de literatura Rascunho – considerado um dos principais veículos culturais do país – será o curador da Bienal. Ele explica que a intenção é aproximar o leitor da literatura, estimulando o interesse do público pelos livros. "A Bienal do Livro Paraná será um amplo palco para a discussão de ideias em torno dos livros e da literatura. Autores consagrados se unirão a jovens escritores em debates sobre a importância da leitura na vida cotidiana das pessoas. A pluralidade de vozes e de temas será uma das marcas deste evento", garante.


A iniciativa é de primeira grandeza. Confira na matéria publicada no ParanaShop vários detalhes sobre os preparativos para o evento. E no site da Bienal do Paraná outras informações.

3) O Prêmio Jabuti, um dos mais importantes prêmios literários para os escritores brasileiros, vem inovando em 2010.

A 52ª edição do Jabuti permitirá que o público vote pela internet e os três livros mais votados ganham uma estatueta. Também poderá ganhar um Jabuti o profissional de comunicação que se destacar por sua atuação pela causa do livro e da leitura. Além disso, como aconteceu no ano passado, um país será homenageado. Esse é o ano da Espanha.

Mais detalhes no site do Jabuti.

4) “Se a leitura é transformada em uma obrigação curricular, questão de exame e só para passar de ano, aí ele não pode ter vontade de ler. Agora, se a leitura representa um convite ao prazer, à emoção, a uma vivência diferente, aí certamente ele leria.” (Moacyr Scliar, em entrevista ao Correio Braziliense)

quarta-feira, 10 de março de 2010

Eventos imperdíveis para hoje

Alguns eventos imperdíveis para hoje.

*** Para quem está em São Paulo:

O Programa "Sempre um Papo" retorna sua programação com a ganhadora do Jabuti 2009 de Poesia, Alice Ruiz, autografando o livro 2 em 1 e falando sobre poesia, criação e música.

Será hoje, às 20h, no SESC-SP Vila Mariana, na Rua Pelotas, 141.

A entrada é gratuita.

*** Para quem está no Rio de Janeiro:

Na Livraria Travessa de Ipanema (Rua Visconde de Pirajá, 572), a partir de 19h, Sérgio Rodrigues lança seu Sobrescritos - 40 histórias de escritores, excretores e outros insensatos (Arquipélago Editorial), que reúne pequenos contos publicados no seu blog TodoProsa.

Já na Livraria Da Conde (Conde de Bernadotte, 26 - Leblon), também a partir de 19h, Fernando Molica lança 11 gols de placa: uma seleção de grandes reportagens sobre o nosso futebol (Editora Record).

terça-feira, 9 de março de 2010

Notícias soltas, mas não menos importantes

1) Ótima notícia para os amantes de literatura. No próximo sábado, teremos no mercado um novo suplemento literário. Dessa vez é o "Sabático", suplemento do Jornal O Estadão, que vem com a proposta de orientar esses leitores com os melhores lançamentos, críticas e ranking dos mais vendidos. O Caderno resgata o caderno de nome "Suplemento Literário" que circulou entre outubro de 56 e dezembro de 66, sendo um ponto de encontro dos talentos daquela geração. Todo sábado, a seção No Suplemento Literário vai republicar trechos de importantes artigos e resenhas literárias do caderno que marcou seu tempo e fez história no jornalismo cultural. ( Leia matéria )

2) Charles Kiefer em 1999 lançou uma antologia de escritoras gaúchas que estavam despontando no mercado. Enxergando longe nesse horizonte literário, estavam ali autoras que hoje ocupam papel de destaque, como Cíntia Moscovich, Letícia Wierzchowski e Adriana Lunardi.

De volta à ideia, Charles que possui uma das mais tradicionais oficinas literárias do Rio Grande do Sul, traz mais 16 escritoras para conhecimento do mercado.

Assim, foi lançada ontem a antologia de contos "Outras mulheres" (Dublinense, 144 páginas, R$ 26), com a presença de: Ana Cristina Klein, Ana Mariano, Angela Ramis, Ayalla de Aguiar, Cristina Moreira, Daniela Langer, Eni Allgayer, Isabelle Fontrin, Leila de Souza Teixeira, Lívia Petry, Miriam Cristina Nardin, Monique Revillion, Norma Ramos, Renata Wolff, Vanessa Mello e Viviane Treméa.

Mais sobre a obra pode ser lida no blog http://outrasmulheresolivro.blogspot.com/. Vamos ficar de olho nesses nomes.

3) "Existem poucos escritores iluminados hoje em dia no Brasil, que chegam em um ambiente e o transformam graças às palavras polidas e joviais. Contam-se nos dedos. É assim Moacyr Scliar". Assim começa a reportagem que o Correio Braziliense fez com Scliar, pouco antes de ele embarcar para Porto Alegre. Só posso dizer que concordo plenamente com elas. Tive esse prazer de fazer uma aula com Scliar e o ouvir falar. Mais do que isso, encantar seus ouvintes com experiências fantásticas. Sobre a reportagem, é só ler no Correio Braziliense.

4) Você conhece o Vida Breve? Não! Então dê uma passadinha por lá: http://www.vidabreve.com/. É um site idealizado pelo editor do Jornal Rascunho que publica diariamente crônicas escritas por escritores de destaque, acompanhadas do trabalho de vários ilustradores.

5) Leia no blog TodoProsa de Sérgio Rodrigues sobre o novo romance de Ian McEwan.

6) Confira no Sobrecapa a divulgação do livro "Mentes Roubadas", de Roberto Campos Pellanda.

7) Confira no Sobrecapa a divulgação do livro "Alameda Santos", de Ivana Arruda Leite. Aliás, para quem estiver em São Paulo hoje, ou estiver passando por lá, vale dar um pulinho na Livraria da Vila para o lançamento do novo romance de Ivana, que promete e já agrada tanto quanto seu "Hotel Novo Mundo".

8) Confira no Sobrecapa a divulgação do livro "O outro escritor", de Thelma Guedes. Estive ontem no lançamento para prestigiar a autora, e pena que não pude ficar, pois tinha um compromisso. Lá mesmo, enquanto esperava, comecei a ler e fiquei apaixonada pelo conto "O Ponto", escrito em homenagem à Clarice Lispector. Posso ser suspeita, pois adoro Clarice, mas o texto de Thelma é de extrema sensibilidade.

domingo, 7 de março de 2010

Conhecendo Tatiana Belinky


Daqui a 11 dias, ela fará 91 anos. Mais de nove décadas da fada que encanta as crianças e queria ser a Emília.

A escritora Tatiana Belinky nasceu na Rússia, mas veio para o Brasil aos 10 anos. Autora de mais de 120 livros infantis, tornou-se, em fevereiro, imortal da Academia Paulista de Letras. 

Uma escritora encantada, que se diz criança.

Para conhecer um pouco mais, assista ao Programa Ação, de Serginho Groisman, em homenagem a ela.

Aconselho assistir na ordem em que eu fiz. Percorri os vídeos, nessa ordem, por acaso, mas acho que foi o melhor caminho para me encantar com ela e seu amor pelas histórias.

Vídeo ( Parte 3 ): "Entrou por uma porta, saiu pela outra, quem quiser que conte outra".

Vídeo ( Parte 2 ): Sobre adaptação da obra de Machado de Assis que ela fez para a tevê, nos anos 50.
Perguntam para ela "Para que faixa você escreve?". Ela responde: "Para a que me escolha".

Vídeo ( Parte 1 ): "Brasileiro não lê porque não lhe dão chance. (...) Não mande ler, leia. (...) Tenha livros em casa".

O legado de José Mindlin

Faz uma semana que o Brasil perdeu José Mindlin, um apaixonado pelos livros, que não deixava de tentar inocular o vírus desse amor, como ele mesmo dizia.

Além de ser um imortal na Academia Brasileira de Letras, Mindlin também ocupava a cadeira 30 na Academia Paulista de Letras. Não só ocupava como participava das reuniões trazendo ideias para disseminar a literatura.

Formar novos leitores era uma obsessão para ele, que desejava criar academias de letras nas escolas infantis. Infelizmente, não viu o sonho se realizar, mas muito ele deixou. E uma das maiores contribuições foi a doação de 40 mil livros para a Biblioteca Brasiliana, que ainda está sendo erguida.

Mas enquanto não fica pronta, o acervo está sendo digitalizado e colocado à disposição do leitor no endereço: http://www.brasiliana.usp.br/.

O maior legado de Mindlin foi o amor pelos livros e a tentativa de levar esse amor a todos.

""É um vírus que eu procuro inocular porque uma vez inoculado é incurável. Então a pessoa que apanha este vírus vai gostar de livros até o fim da vida.", disse ele numa entrevista.

Fonte: Matéria do Jornal O Globo.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Programas de Bolsa da Fundação Biblioteca Nacional

A Fundação Biblioteca Nacional, instituição vinculada ao Ministério da Cultura, divulgou a abertura de inscrições para três Programas de concessão de bolsas. As Decisões Executivas que regulamentam as seleções públicas foram publicadas dia 24 de fevereiro, no Diário Oficial da União (Seção 1, páginas 26 a 30).

Até 31 de março, poderão ser encaminhadas propostas para o Programa Nacional de Apoio à Pesquisa, o Programa de Apoio à Tradução de Autores Brasileiros e o Programa Nacional de Bolsas para Autores com Obras em Fase de Conclusão.

Saiba mais sobre as iniciativas:

Apoio à Pesquisa - Seleção de projetos com o objetivo de incentivar a pesquisa e a produção de trabalhos originais a partir do acervo da FBN/MinC para a concessão de até 20 bolsas, pelo período de um ano, nas áreas de Ciências Humanas, Sociais, Linguística, Letras e Artes. Confira o regulamento.

Apoio à Tradução de Autores Brasileiros - Com o objetivo de difundir a cultura e a literatura brasileiras no exterior, o Programa concederá até 20 bolsas, com valores de US$ 1 mil a US$ 4 mil, a editoras estrangeiras para apoiar a tradução do autor brasileiro. Confira o regulamento.

Bolsas para Autores com Obras em Fase de Conclusão - A iniciativa tem por finalidade incentivar a criação literária nacional e reconhecer a qualidade de textos de escritores brasileiros, por meio da concessão de seis bolsas no valor de R$ 6 mil, cada uma, para conclusão de obras. Confira o regulamento.

Informações: http://www.bn.br/ ; pesquisa@bn.br e (21) 3095-3887, sobre o Programa de Apoio à Pesquisa; cgll@bn.br  e (21) 2220-2057, sobre o Programa de Apoio à Tradução de Autores Brasileiros; e (21) 2220-1987, sobre o Programa de Bolsas para Autores com Obras em Fase de Conclusão.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Notícias soltas II

1) O Programa Rumos Itaú Cultural está com inscrições abertas para as seguintes áreas: Teatro, Música, Literatura e Pesquisa Acadêmica. Rumos Literatura é dedicado aos interessados em criar textos reflexivos sobre a literatura brasileira – serão 10 selecionados - e sobre a crítica literária -4 projetos.
(Fonte: PublishNews)

2) Nuno Lobo Antunes, irmão do consagrado escritor português António Lobo Antunes, está lançando livro Sinto muito (Objetiva, 228 pp., R$ 39,90) sobre sua especialidade, a oncologia infantil, com prefácio do colega Dráuzio Varella, conta a coluna Gente Boa. “Estou orgulhoso por ter tido coragem para escrever sendo meu irmão quem é”, diz Nuno. “Mas António é Stravinski e eu, Julio Iglesias.”
(Fonte: Coluna Gente Boa, de Joaquim Ferreira dos Santos, O Globo)

3) A mais importante feira infanto-juvenil do mundo, aberta somente para os profissionais do mercado editorial, acontece de 23 a 25 de março. Um dos estandes brasileiros na Feira do Livro Infantil de Bologna será organizado pela CBL em parceria com a Apex-Brasil, por meio do projeto setorial Brazilian Publishers, com área de 96m². O outro ficará a cargo da FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil), que já organiza a participação do Brasil na feira desde 1974. Por conta do perfil do evento, o espaço será montado para atender essencialmente a encontros de negócios entre editores. As empresas que estarão presentes são: Callis, Cosac Naify, DCL, Elementar, FTD, Manole, Melhoramentos, Pallas, Panda Books, Pinakotheke, Positivo, Rideel e Todolivro. Juntas, elas apresentarão mais de 809 títulos e 1.181 exemplares de livros.
(Fonte: CBL via PublishNews)


4) Contra o analfabetismo funcional, os clubes de leitura

Vale a pena acompanhar de perto a boa experiência que vem sendo realizada em Ribeirão Preto com o uso de livros e literatura de boa qualidade para enfrentar o velho dilema do analfabetismo funcional. Lá, informa Galeno Amorim, a Fundação Palavra Mágica abriu 40 clubes de leitura entre atuais e antigos alunos da Educação de Jovens e Adultos. Os membros dos clubes leem os livros e uma vez por mês (em alguns, toda semana) se reúnem para discutir a obra lida. Os mediadores são voluntários das faculdades de Letras e Pedagogia. Entre os apoiadores do projeto piloto, está o MEC.


Para responder a esta questão, diz Galeno Amorim, o Observatório do Livro e da Leitura está fazendo uma pesquisa sobre o comportamento leitor dos participantes dos clubes de leitura da Fundação Palavra Mágica. Os primeiros resultados serão divulgados esta semana durante um workshop para avaliar a quantas anda a relação entre livros e neoleitores no projeto piloto que acontece por lá.

(Fonte: Blog do Galeno via Publishnews)

Notícias soltas

1. Para quem está no Rio, há vários cursos bons acontecendo, em março, na Estação das Letras. Entre eles: "Oficina do conto" com Nilza Rezende, "Escrevendo para crianças", com Ninfa Parreiras e "Oficina de Poesia" com Carlito Azevedo.

2. De acordo com a coluna "Gente Boa" de Joaquim Ferreira dos Santos, no O Globo, são os seguintes os livros escolhidos pelos professores da rede pública municipal para ler neste trimestre: O melhor das comédias da vida privada (Objetiva, 296 pp., R$ 43,90), de Luis Fernando Verissimo, A chave de casa (Record, 208 pp. R$ 32,90), de Tatiana Salem Levy, Diário de Escola, de Daniel Pennac (Rocco, 240 pp., R$ 30), e Crime e Castigo (Editora 34, 568 pp., R$ 64), de Dostoievski.

Fiquei sabendo que os livros não são para leitura em sala de aula, mas para a biblioteca dos professores.

3. Não deixem de ler uma matéria que saiu no O Estadão, a respeito da homenagem que foi feita à José Xavier Cortez. A matéria entitulada "O lavrador virou livreiro" mostra o que o amor por essa arte abençoada pode fazer no mundo.

4. Matéria de Josy Fischberg, que saiu no O Globo do dia 2/03:
‘‘Avatar” em 3-D, no cinema Leblon: R$ 28. Show do Coldplay na Apoteose: R$ 250. Peça “Restos”, com Antônio Fagundes, em cartaz no Teatro dos Quatro: R$ 80. Conseguir fazer várias atividades culturais bacanas ao longo do mês, mesmo com a carteira de estudante reduzindo essas cifras pela metade, tem preço, sim. E o valor vai muito além do que o brasileiro de 16 a 24 anos está disposto a pagar. Uma pesquisa feita pela Fecomércio-RJ (Federação do Comércio de Bens, Serviço e Turismo), sobre o consumo de bens culturais no país, em 2009, mostrou que R$ 10 é o preço que os jovens acham justo pagar por uma sessão de cinema; R$ 18, por um show; R$ 16, por uma peça [e R$ 19, por um livro]. A mesma pesquisa mostra que cerca de 37% dos garotos e garotas entrevistados não fizeram esses programas uma vez sequer no ano passado, não leram livro algum, não foram a nenhum espetáculo de dança ou exposição.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Depoimento imperdível de Chimamanda Adichie



A escritora Adriana Lisboa disponibilizou em seu blog Caquis Caídos um vídeo maravilhoso, com o depoimento da escritora nigeriana Chamamanda Adichie falando sobre os perigos de se contar sempre uma mesma história.

No final, há uma parte ótima em que ela diz que seu editor não acreditou na história de que nigerianos não liam. E por isso decidiu levar os livros ao povo. Ela conta também da sua emoção, diante da reação de uma mulher simples que leu seu romance.


Imperdível!
 
Confira lá no blog da Adriana. No próprio vídeo, é possível escolher a legenda.