sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

ABL está de mãos dadas com a modernidade

Marcos Vilaça tomou posse como o novo presidente da Academia Brasileira de Letras, posto que ele já ocupou no biênio 2006/2007.

A Academia vem fazendo um ótimo trabalho nos últimos anos, aproximando a instituição do público. Além disso, Vilaça aposta na modernidade para encurtar mais ainda esse diálogo. E seguindo o mercado, a ABL se lança no Twitter (http://twitter.com/abletras).

Leia abaixo a entrevista concedida pelo novo presidente, que foi publicada no site da ABL.

Em sua última gestão como presidente da Casa de Machado de Assis, o senhor focou na aproximação da ABL com a sociedade através do uso de diversas tecnologias. Há alguma chance disso se repetir?


Há todas as chances. A ABL não pode e não deve ficar parada no tempo. Hoje vejo meus netos usando o Orkut, o Twitter, e vejo o quão rápida está a comunicação, a interatividade para esses jovens. Definitivamente nós temos de entrar nesse meio.

Hoje não só pessoas usam o twitter, mas empresas testam sua popularidade e lançam novidades. Como o senhor vê essa integração da ABL com o twitter?

Se eu tuíto, tu tuítas e eles tuítam, a Academia também tuíta. O Supremo Tribunal Federal já está nessa, sites de venda on-line já lançam promoções exclusivas, personalidades de todos os meios já criaram uma espécie de “linha direta” com os fãs. Faltava a ABL. Digo faltava, pois não falta mais. A Academia precisa manter permanentemente uma linha direta com os seus seguidores.

Os jovens passam muito tempo no que chamamos de mídias sociais. Este é um filão em que a ABL busca entrar?

Foi como eu disse no começo: meus netos não saem do Orkut, do MSN, do Twitter... Se é lá que a juventude está, é lá que precisamos ir. Se num primeiro momento os moços não vêm à Academia, então a Academia precisa ir até eles... Para muitos deles, até ser apresentada. São horas que eles passam a fio teclando – como dizem no linguajar próprio.

A internet seria, então, considerada mais uma ferramenta de incentivo à leitura e à produção textual?

Mas é claro! Há quem diga que é uma ferramenta que faz justamente o contrário, que atrofia. Mas eu não vejo assim. Olhe, se uma pessoa consegue passar toda uma ideia em 140 caracteres, ela é atrofiada ou possui um bom poder de síntese? Então pronto! Não adiantar vir com a besteira que tudo na internet não presta. Isso é mentira! Tem muita coisa boa sim, mas é preciso selecionar. Da mesma forma há muita coisa ruim encadernada e vendida em livrarias. É preciso ter critério.

Para concluir, podemos esperar novidades para o Portal da ABL?

Como nesse mundo on-line tudo acontece tão rápido, o Twitter da ABL já não é mais novidade, mesmo recém lançado. Mas haverá muita coisa nova sim. O site que estamos preparando para o Centenário de Morte de Joaquim Nabuco é uma delas. Também já está na hora de mudarmos um pouco a “cara” do Portal. Volta o VOLP e adicionamos mais interação com os internautas e assim já teremos dado mais um passo adiante.

17/12/2009

2 comentários:

Paula: pesponteando disse...

Quem estuda, trabalha ou gosta do universo literario não pode deixar de está sempre aqui atualizado...obrigada!

BORBOLETA disse...

Para mim,o mais interessante nessa história toda está na pré-disposição do Vilaça em aproximar uma instituição sécular das tendências virtuais do novo mundo.
Receita que, se bem temperada, resultará em benefício para todos.

Parabéns e boa sorte ao novo presidente.

Borboleta

http://pararaiodeloucos.blogspot.com