Tanto o Caderno Prosa & Verso (Jornal O Globo) quanto o Caderno Ideias (Jornal do Brasil) deram total atenção à Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) que começa a próxima semana.
Coloquei uma nova formatação para as "pílulas" e passarei a publicar os clippings de cada caderno em posts diferentes, em virtude do tamanho. Isso facilita a leitura e o meu controle. Assim, o post #1 é sobre o Caderno Prosa & Verso. E o post #2 sobre o Caderno Ideias. Os posts #3 e #4 serão complementos do Prosa & Verso, com a entrevista da Edna O'Brien e a matéria de José Castello, respectivamente.
Destaco no post de hoje a matéria "Rede social para os amantes do livro" que fala da estreia da rede social O Livreiro.
Aproveitem!
!----------------------------------------------------!
!Caderno Prosa & Verso (O Globo). Sábado (27/06/2009)!
!----------------------------------------------------!
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
# Devoto do ateísmo
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Por Roberta Jansen
* Um dos grandes nomes da Flip, Richard Dawkins ataca as religiões
>>> A matéria completa pode ser lida no blog Prosa & Verso (Richard Dawkins, um devoto do ateísmo).
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
# "Escrever é como sonhar"
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Por Fernando Duarte (correspondente em Londres)
* Autora irlandesa, que já teve livros queimados, diz que mulheres ainda sofrem como artistas
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~>>> Entrevista - Edna O'Brien. Em termos de retornos triunfais, poucas pessoas podem se gabar tanto quanto Edna O'Brien, que no início de maio desfilou pelo salão principal do Mansion House, um dos hotéis mais requintados de Dublin, para receber um prêmio especial na categoria conjunto da obra durante a cerimônia do Irish Book Awards. Apenas o fato de fazer parte dos comes e bebes da maior honraria literária irlandesa já seria significativo para um escritora que, nos anos 1960, viu uma recepção medieval para sua prosa ousada na descrição de sentimentos e sensações femininas — com direito à queima de seus livros em praça pública e à censura oficial das autoridades. Sem olhar para trás, porém, Edna O'Brien seguiu em frente, aventurando-se também pela poesia e pela pesquisa biográfica — ela é autora de dois aclamados livros, um sobre o conterrâneo James Joyce e outro sobre o poeta ingles Lord Byron. Em entrevista ao GLOBO, Edna — hoje com 78 anos — uma das convidadas internacionais da Flip 2009, reflete sobre as agruras do passado e sobre os desafios ainda à frente de escritoras. Entre eles, o de deixar a redoma feminina. "O melhor artista é andrógino", afirma ela, cujo livro "A luz da noite", com tintas autobiográficas, está sendo lançado na Flip pela Record. "Byron apaixonado" sairá em setembro pela Bertrand Brasil.
(...)
(A Autora na Flip) Edna O'Brien conversará com Liz Calder sobre "Sentidos da transgressão", sexta-feira, dia 3, às 15h.
%%% A entrevista completa eu publicarei aqui no Canastra ainda hoje.
# Visões antagônicas sobre a China
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Por André Miranda
* Ela otimista, ele pessimista, Xinran e Ma Jian remexem no passado recente de um país conturbado, mas que se tornou uma das maiores potências mundiais.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~>>> Entrevista - Xinran. Entrevista - Ma Jian. Passado menos de um mês do aniversário de 20 anos do Massacre da Praça da Paz Celestial, a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) vai receber dois autores chineses, ambos com novos trabalhos chegando às livrarias brasileiras. Da jornalista Xinran, a Companhia das Letras lança "Testemunhas da China — Vozes de uma geração silenciosa", obra que reúne relatos de chineses que viveram de perto as mudanças ocorridas no país no último século e que raramente aceitam revelar detalhes de sua trajetória. Já do escritor Ma Jian, a Record publica "Pequim em coma", um romance que parte do massacre para olhar, em tom crítico, a história recente da China. São dois livros que, em comum, remexem nas marcas deixadas num país conturbado socialmente, mas que representa uma das maiores potências do mundo. "Ma Jian e eu somos amigos, porém temos uma visão muito diferente sobre a China. Ele é muito pessimista em relação ao futuro do país, enquanto eu sou muito otimista. Ele costuma insistir que não devemos nos esquecer do passado. Eu concordo, mas acrescento uma frase: também não devemos viver no passado", diz Xinran que, como o colega, também mora na Inglaterra. Essas duas visões acerca do mesmo país estão bem presentes em entrevistas que os autores chineses concederam ao GLOBO.
Trecho da entrevista...
O GLOBO: Ao ter contato com histórias tão fortes para o livro, como lidou com suas próprias lembranças sobre o passado?
XINRAN: Eu já passei dos 50. Em toda a minha vida, nunca tive uma vida familiar comum ao lado dos meus pais e pouco ouvi falar sobre meus avós. Meus pais estão com 80 anos e não falam sobre o passado. A China nunca fala sobre a Revolução Cultural para as gerações mais novas, mesmo que ela tenha terminado há pouco mais de 30 anos. Foi muito difícil me manter distante dos fatos ao lidar com esse tipo de memória. As pessoas me perguntam o porquê de eu não ter estruturado o livro numa linha cronológica da História. Mas eu quis fazer de "As testemunhas da China" um livro mais pessoal, não um livro de História. Para que o leitor pudesse participar da minha jornada pessoal de encontros com os meus entrevistados.
(...)
O GLOBO: E a literatura chinesa hoje? A maior parte dos livros que chegam ao Brasil lida com temas sociais ou políticos. É apenas disso que a China é feita?
XINRAN: A ideia que o Ocidente tem da sociedade chinesa é baseada nos livros que estão em suas bibliotecas. Mas quantos livros chineses foram publicados na sua língua? Um número muito limitado foi traduzido. Claro que o idioma é uma dificuldade. Mas, além disso, a visão da China na mídia ocidental é muito simplificada. Só se fala do poder político e econômico. E a vida das pessoas? Nós temos uma literatura antiga, uma literatura moderna, romances, poesias. Mas nada disso sai da China. (...)
O GLOBO: Então, mudando o ponto de vista: o que a senhora espera encontrar num país como o Brasil?
XINRAN: Eu nunca fui para essa parte do mundo. Mas, mesmo assim, eu amo seu país. Vocês têm um jeito de ser, um jeito brasileiro que encanta o mundo.
Dramas femininos no palco. Além de participar da mesa "China no divã", a escritora Xinran também já confirmou presença em outro evento que será realizado durante a Flip: a encenação de "Palavras na brisa noturna", espetáculo inspirado em seu livro "As boas mulheres da China" (Companhia das Letras). Escrita e dirigida por Fábio Porchat, a peça fará sua estreia em Paraty nos dias 2, 3 e 4 de julho, às 21h, no teatro do Colégio Cembra, antes de entrar em cartaz no Rio, em 11 de julho, na sede da Cia. dos Atores, na Lapa. (...)
(Os Autores na Flip) Ma Jian e Xinran participarão da mesa "China no divã" quinta-feira, dia 2, às 17h, na Tenda dos Autores.
# Relatos da própria vida
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Por Suzana Velasco
* "Tudo é verdade em meus livros", diz autor francês que debaterá com a ex-namorada, Sophie Calle
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~>>> Entrevista - Grégoire Bouillier. Grégoire Bouillier chega à Flip um tanto à sombra da artista Sophie Calle, a ex-namorada com quem ele terminou o relacionamento por e-mail, inspirando a obra "Prenez soin de vous" ("Cuide de você"), em que 107 mulheres leem a mensagem de rompimento. Num dos mais esperados encontros da festa literária, os dois estarão frente a frente publicamente pela primeira vez desde o término. Em "O convidado surpresa" que a CosacNaify lança neste fim de semana, Bouillier conta como conheceu Sophie, que a cada festa de aniversário pedia para um de seus convidados levar um desconhecido. Mas o livro não trata do relacionamento dos dois — que só se viram novamente dez anos depois —, e sim do reencontro de Bouillier com a mulher que então amava e havia lhe deixado. Numa narrativa confessional, o escritor francês não apenas expõe sua vida amorosa como insere "provas" para comprovar ao leitor o que diz: "Tudo é verdade em meus livros".
Trecho da entrevista...
O GLOBO: Em "O convidado surpresa", dados, fotos, recortes de notícias dão todo o tempo ao leitor a confirmação de veracidade da história. Até que ponto é importante que o leitor saiba, ou acredite, que a história é verdadeira?
BOUILLIER: Não se trata de fazer que o leitor acredite que tudo o que eu conto é verdade: é verdade! Nenhum dos meus livros é inventado, e os documentos estão ali para testemunhar. Além disso, eu achei divertido inserir esses documentos. É um pouco como as provas numa história de assassinato. Para mim, "O convidado surpresa", é uma espécie de livro policial. É um estudo psicológico sobre as verdadeiras razões de uma ruptura amorosa.
(...)
O GLOBO: O senhor conhece algo da literatura brasileira?
BOUILLIER: Eu mostrei livros de Clarice Lispector para a primeira mulher com quem vivi. Ela acabou me deixando para se tornar uma escritora e, em suas obras, há o eco de livros como "A paixão segundo G.H.".
(...)
(O Autor na Flip) Grégoire Bouillier participará da mesa "Entre quatro paredes", com Sophie Calle, sábado, às 11h45m.
(Atualização em 28/06/2009): O blog Prosa Online publicou hoje a entrevista completa com Grégoire Bouillier.
# No ritmo de uma antiga canção angolana
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Por Ronize Aline
* Em obra infanto-juvenil, Ondjaki recria uma época e um jeito de ser que emocionam especialmente os adultos
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~>>> AvóDezanove e o segredo do soviético, de Ondjaki. Editora Companhia das Letras, 192 páginas. R$ 36. O poder da memória, segundo Derrida, não está em ressuscitar o passado já que, para ele, não há passado. O que não é lembrado não se pode sequer dizer que exista. Aquilo que se costuma chamar de passado se torna presente porque é atualizado através da memória que, uma vez acionada, vira narrativa. "AvóDezanove e o segredo do soviético", lançamento infanto-juvenil do angolano Ondjaki, é feito das mesmas vozes com que se constrói o passado, esse momento indefinível que só existe porque a memória se vestiu de livro para não virar esquecimento.
Cores, sabores e sonhos tão locais e tão universais
Ondjaki vai desfiando suas vozes como quem desfia um novelo há muito guardado. Há momentos de fácil desenrolar, quando a linha parece querer escapar dos dedos e as vozes tomam seu rumo por conta própria, correndo como os garotos a buscar a alegria na espuma da praia. Há outros em que surgem emaranhados, nós apertados que interrompem o livre deslizar, no mesmo ritmo da infância que não quer crescer para não se transformar em "mais-velhos". "As coisas antigas não têm muita graça de rir", diz um dos personagens. E autor vai brincando com o tempo como o tempo brincava com os moradores daquele vasto mundo dentro de Luanda: "Está muito escura a PraiaDoBispo, não sei se o tempo vai querer passar por aqui". E então, "o tempo tinha decidido que já podia passar". (...)
(O Autor na Flip) Domingo, às 10h30m, na Casa da Cultura, Ondjaki participará da mesa "Acordo ortográfico em questão", com Marcelino Freire.
# Crescimento pelas beiradas
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Por Miguel Conde
* Mais enxuta no palco principal, festa incrementa programação paralela
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~> Mais enxuta no palco principal (este ano são 34 convidados para a Tenda dos Autores, contra 41 em 2008), a Flip cresce nos entornos. Seguindo o caminho iniciado ano passado, a Casa da Cultura vai abrigar uma encorpada programação paralela (antes quase sempre limitada a shows musicais num café local) com exibições de filmes, debates, e escritores que poderiam estar (David Foenkinos), estão (Atiq Rahimi) ou já estiveram (Jon Lee Anderson) na programação central. Na prática, o espaço com capacidade para 150 pessoas funcionará como um segundo palco da festa.
— É uma coisa comum nos festivais internacionais — diz Flávio Moura, diretor de programação da Flip.
Ao assumir ano passado a programação, Moura aproveitou o espaço para abrigar peças, performance, palestras e exibições de filmes. Este ano, porém, a fórmula foi incrementada com uma presença mais forte de escritores nos debates. O reforço é uma resposta ao crescimento do público da festa, afirma Moura:
— Tem muita gente que não consegue ingresso, mas não dá para aumentar a Tenda dos Autores, isso a descaracterizaria. Então o jeito é mesmo termos eventos simultâneos na cidade.
Essa ampliação e a criação de uma programação voltada para adolescentes, a FlipZona, são mencionadas por Moura e pelo diretor de organização da Flip, Mauro Munhoz, como provas de que a crise mundial não afetou a festa.
— A captação foi mais difícil, as empresas entraram com menos dinheiro. Mas conseguimos equacionar isso reunindo um número maior de apoios. O orçamento da Flip não diminuiu — garante Munhoz.
A FlipZona, no mesmo modelo da Flipinha, se estende ao longo do ano, com atividades educacionais realizadas nas escolas de Paraty. Durante a Flip, serão realizadas oficinas de texto e atividades multimídia com os adolescentes.
Venda dos ingressos continua confusa
Munhoz diz que o crescimento constante do interesse pela Flip contribui, também, para uma tradição lamentável do evento: a confusão na venda dos ingressos. Todo ano, o sistema de vendas pela internet apresente problemas e deixa os compradores exasperados.
— A empresa responsável pelo sistema de vendas aumentou a capacidade dele, mas o aumento da procura excedeu o incremento — diz.
# Cobertura ampliada no papel e em novos meios
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
* O GLOBO vai produzir um tablóide especial, terá presença no Twitter e notícias por celular
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~> Para acompanhar o crescimento da Flip, que se tornou o acontecimento literário mais esperado do ano, O GLOBO também vem incorporando mais novidades à sua cobertuara. Nesta 7ª edição da Festa, além das reportagens que serão publicadas diariamente em uma página inteira na Editoria Rio, a partir do dia 2, e no Prosa & Verso, o jornal editará novamente, como em 2008, tablóides especiais de oito páginas que circularão em Paraty durante a festa, entre quinta-feira e domingo, dando ao leitor uma visão bastante abrangente da programação cultural da cidade.
Na internet, além da cobertura no blog Prosa Online (www.oglobo.com.br/blogs/prosa), o leitor acompanhará os acontecimentos em Paraty em tempo real pela novidade do ano na cobertura: o Twitter. Quem quiser participar do Twitter Prosa & Verso #Flip2009 (www.twitter.com/prosaeverso), pode enviar mensagens de qualquer lugar e usar o código #Flip2009 nos comentários, para que eles apareçam na página do Prosa Online. Qualquer um pode enviar mensagens — basta ter uma conta no Twitter. Através do celular, será possível navegar em http://oglobo.mobi/prosa para obter notícias da Flip.
O GLOBO também tem um canal de SMS de cultura que acompanhará a cobertura da Flip. Nesse caso, é preciso enviar mensagem de texto com o código OGLCULT (para 88435). São até 3 notícias diárias, ao custo de R$ 0,10 por notícia recebida.
# Rede social para os amantes do livro
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
* O Livreiro poderá ser acessado a partir de 1º de julho, abertura da Flip
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~> Quem for à Festa Literária Internacional (Flip) dificilmente deixará de conhecer O Livreiro, a rede social voltada para o universo dos livros — a mais abrangente do tipo já lançada até hoje no Brasil — que entrará no ar dia 1º de julho, no endereço http://www.conhecaolivreiro.com.br/. Para marcar o lançamento, O Livreiro preparou um grande mosaico, de 10 metros por seis, formado por dois mil livros, que vai estampar durante a festa o rosto de Manuel Bandeira, o homenageado da Flip 2009, na Igreja de Santa Rita, famoso cartão-postal da cidade. Os livros serão depois doados para a própria Flip, que realiza ações sociais na região. As obras foram dadas pela Livraria Cultura, parceira de O Livreiro, criado pela empresa Infoglobo.
A jornalista Joyce Jane C. Meyer, responsável pelo projeto, explica que O Livreiro está em fase experimental. Até o fim do ano, a ideia é "povoar" o novo site e aprimorá-lo, a partir do retorno dos internautas.
— Mas vamos estrear já robustos. Teremos, por exemplo, um Clube do Livro comandado pelo escritor Milton Hatoum, também um dos muitos amigos do Livreiro, que vão dar dicas de leitura para os internautas. Diariamente, vamos destacar uma dessas indicações. O site não é um produtor de notícias, mas um agregador, com referências e links sobre o que sai na mídia sobre livros — conta Joyce.
Nele, será possível criar — gratuitamente — páginas pessoais, onde o internauta dará destaque aos títulos de suas preferências, e comunidades para debates. É um novo espaço de relacionamento para quem gosta de livros.
— Não é um site de literatura, mas de livros. O Brasil precisa de novos leitores, e a ideia é estimular a leitura, promover a inclusão literária — afirma Joyce.
Entre os amigos de O Livreiro, além de escritores como Hatoum, Cristovão Tezza, Luis Fernando Veríssimo e José Castello, haverá personalidades como o publicitário Marcello Serpa, o economista Delfim Netto, o humorista Claudio Manoel.
A base de dados é a mesma da Livraria Cultura, com 2,2 milhões de títulos. Outro parceiro é o Instituto Moreira Salles, que vai permitir o uso no site de seu acervo digitalizado. Haverá páginas de autores clássicos, listas de mais vendidos, índice de obras mais adicionadas pelos internautas. E serão feitas ações não virtuais, em diferentes cidades, para onde O Livreiro levará tendas itinerantes de doação de livros. E por enquanto haverá dois blogs, um sobre economia mundial, escrito de Xangai pelo diplomata Marcos Caramuru, e outro sobre política internacional na era Obama, por José Meirelles Passos.
— Nosso compromisso é com o conteúdo, seja ele do "New York Times" ou de um blog. Estamos fazendo parcerias com diferentes mídias, de variadas empresas — diz Joyce.
Nesta Flip, O Livreiro terá ainda um estande, na Tenda dos Autores, aberto a qualquer pessoa, onde um especialista produzirá retratos falados de personagens literários, tal como imaginados pelo leitor.
# A escrita como enigma
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Por José Castello
* Em 'Flores', o mexicano Mario Bellatin exige que seus leitores se reinventem
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~(...)
(O Autor na Flip) Mario Bellatin participará da mesa "O eu profundo e outros eus" com Cristovão Tezza, na sexta-feira, dia 3, às 17h.
%%% A matéria completa eu publicarei aqui no Canastra ainda hoje.
# coluna R O D A P É
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
> GRANTA 4. Segunda-feira, às 19h30m, a Casa do Saber (2227-2237) abriga o lançamento da quarta edição brasileira da revista "Granta" (Alfaguara), que tem como tema a ambição. Para marcar o lançamento, os escritores Luis Fernando Verissimo, Sergio Sant'Anna e Adriana Lisboa (que têm textos publicados no volume) vão participar de um debate com mediação de Francisco Bosco.
> BANDEIRA COMPLETO. As editoras Nova Fronteira e Nova Aguilar vão fazer um lançamento especial de "Poesia completa e prosa", de Manuel Bandeira, na Flip. Será às 20h30m de quinta no Armazém do Cais.
> CURSOS DE CASTELLO. O escritor e crítico do Prosa & Verso José Castello participa daqui a duas semanas de dois cursos na Estação das Letras. A "Oficina da imaginação", de 6 a 8 de julho, e a oficina "Extremos: círculo de leitura de ficções radicais — lendo "Memórias do subsolo" de Dostoievski, esta com a psicanalista Maria Hena Lemgruber, dias 9 e 10. Inscrições: 3237-3947.
> CAIO FERNANDO E CLARICE. Estreia hoje no Centro Cultural Justiça Federal (Rio Branco 241) a peça "Saber viver nos dias que correm", baseada nos contos "Linda, uma história horrível" de Caio Fernando Abreu e "Laços de família" de Clarice Lispector.
> DIÁLOGOS CARIOCAS. Vai até sexta-feira no Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ (Av. Pasteur 250) o seminário "Diálogos cariocas", com debates sobre a cidade. Informações: http://www.dialogoscariocas.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário