Acabou agora a mesa O avesso do realismo com Atiq Rahimi e Bernardo Carvalho.
Eles começaram lendo trechos de seus romances. Atiq, de Syngué sabour: pedra de paciência; e Bernardo, de O filho da mãe.
Falaram em seguida sobre se existiria uma literatura nacionalizada, em como criar arte a partir de uma tristeza profunda, sobre o realismo em suas histórias e responderam perguntas da plateia.
Algumas frases da mesa:
Atiq: "Essa economia de palavras que eu faço e esse aspecto poético do livro, eu acho que fui influenciado, simplesmente. (...) O ritmo é muito importante porque a nossa cultural é oral. Existe um ritmo ligado a musicalidade".
"A palavra é errante e o escritor é condenado a ser errante e usar a palavra como elemento errante".
"eu, um afegão que nunca tinha viajado para a França antes, que não conhecia nada da civilização francesa, quando eu li Os miseráveis, eu entendi alguma coisa".
"A realidade serve como matéria-prima, então nós pegamos a realidade e a destruímos. A realidade para poder existir, ela precisa ser contada".
Bernardo: "Não acho que a literatura seja universal".
"Eu sou pela diferença. É importante que a gente se interesse por coisas estranhas, esquisitas, que não se relacionem com nosso universo".
"Nas artes têm coisas mais interessantes que os bons sentimentos".
"A realidade passa a conspirar a meu favor".
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