E hoje posso dizer que descobri Adélia Prado. Não no sentido de novo, porque é iniciante. Nunca. É escritora renomada, mas que infelizmente (para mim) li apenas um livro em 2006, "Quero minha mãe".
Só que ao viajar pelos meus cantinhos literários, e me valendo também de um elogio feito a ela por um amigo, resolvi procurar mais sobre essa escritora.
Achei um vídeo no site do programa Entrelinhas, da TV Cultura. E aí aconteceu, logo no poema "Impressionista" que abre a entrevista.
Aconteceu: descobri Adélia Prado.
Meio desnorteada, como se tivesse sido atingida por algo invisível, comecei a procurar por outros poemas na Internet. Peguei o livro na estante, busquei marcações. Encontrei algumas, mas que não me diziam muito. Comecei a reler o livro. E confirmei. Nossa! Que ESCRITORA!!!!
Adélia Prado
meu pai pintou a casa toda
de alaranjado brilhante.
Por muito tempo moramos numa casa,
como ele mesmo dizia,
constantemente amanhecendo.
Adélia Prado
(in Oráculos de Maio)
como sua melhor casa.
sou sua paisagem,
sua retorta alquímica
e para sua alegria
seus dois olhos.
Mas esta letra é minha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário