Domingo eu fiquei frustrada. Cheguei a pensar em escrever algo sobre essa vitória com gosto de derrota. Desisti. Hoje lendo o blog da Lucia Bettencourt e do Marcelo Moutinho, me bateu nostalgia. Tanto que meu comentário para o texto do Marcelo foi quase uma carta.
Mostrei a uma amiga, e ela me disse para eu publicar aqui. Hesitei, mas decidi colocar.
Para mim a vitória está só começando.
Então, meus parabéns, Massa! Com gratidão de uma torcedora que vai voltar a vestir a camisa.
Abaixo o comentário que deixei no blog do Marcelo:
Domingo para mim, aos dezesseis anos, era respirar as corridas de F-1. Assisti a cada vitória emocionante de Senna, a cada disputa de bastidores entre ele e Prost. À briga boba entre ele e o Piquet. Odiei quando o alemão veio roubar a magia da nossa festa. Nada me tirava da frente da tevê. Minha mãe me questionava se eu ia deixar meus filhos com fome, para assistir às corridas. Não deu para saber. No ano em que me casei, chorei como se tivesse perdido um ente querido, ao ver aquele carro batido no dia 1º de maio de 1994. Desde então, me senti órfã do automobilismo (se isso é possível!). Não voltei a assistir as corridas. Até este ano, quando senti um bichinho antigo de torcedora me cutucar. Ontem torci, muito. Por trinta segundos, berrei para que o Velter disparasse na frente. Ele atendeu meus pedidos. Pena que esqueci de pedir para que um Glock não estragasse o meio minuto de glória.
Não deu. Este ano. Mas a porta se abriu. A vitória realmente foi do Massa, sem tirar o mérito do Hamilton. Triste é pensar que a tecnologia nos roubou essa alegria. Mas não importa. Ano que vem estaremos novamente na disputa. Com um novo ídolo, que por coincidência ou não, também tem as letras repetidas em seu nome (Senna x Massa). E eu estarei novamente diante da tevê, e para que minha mãe não tenha razão, vou almoçar na casa dela. Assim a comida das crianças estará garantida.
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