Esta noite foi muito especial. Participei da cerimônia de premiação do 13º Concurso Literário do Servidor Público do Estado do Rio de Janeiro, no qual fui laureada com um certificado muito significativo, e exemplares do livro Servidor das Letras - 2008, que reúne a antologia das poesias e contos vencedores, entre eles Retrato na estante, conto pelo qual recebi menção honrosa.
Na mesa estiveram presentes e nos enalteceram com felicitações emocionantes: Terezinha Lameira, vice-presidente da Fesp; Carlos Guimarães, subsecretário de Cultura (representando a secretária Adriana Rattes); Ivo Torres, poeta, escritor e coordenador do concurso; e Antonio Olinto, acadêmico e poeta, representando a Academia Brasileira de Letras.
Terezinha, com extrema simpatia, lembrou a importância desse concurso, que valoriza não só a Literatura, como também os servidores públicos. Enalteceu, ainda, o recorde de inscrições atingido nessa edição. O concurso premiou 26 trabalhos, selecionados entre os 1105 inscritos - respectivamente 401 contos e 704 poesias.
Ivo Torres, com visível emoção, ressaltou a abrangência do resultado, que premiou servidores de todas as esferas, ativos e inativos, mostrando o quanto foi importante a extensão do prêmio para as esferas municipal e federal.
Antonio Olinto falou da importância de se valorizar o livro, a própria Literatura, e principalmente a nossa língua. Recordou um episódio, quando esteve na Suécia, num congresso sobre língua portuguesa, reunindo representantes de vários países. Logo no início, um estudante levantou-se, pediu a palavra, e questionou com visível desprezo "O que estamos fazendo aqui, discutindo língua portuguesa? Para quê?". O mediador do evento imediatamente respondeu: "220 milhões de pessoas no mundo falam o português. A Suécia tem sete milhões de pessoas. A ninguém interessa aprender o sueco. Uma língua com 220 milhões de pessoas nos interessa, não acha?". Uma lição finalizada com a ordem para que o estudante voltasse ao seu lugar. A história serviu em perfeição para ilustrar a declaração de amor que Antonio Olinto fez a nossa língua, do alto da experiência de seus 89 anos. Lembrou, ainda, que é com letras, e com palavras, que se pensa e se ama. Portanto, há de se dar valor à língua e à nossa Literatura.
Após esta cerimônia maravilhosa, descemos à Sala Djanira, e entre conversas e a degustação do coquetel oferecido, apreciamos a exposição das artistas plásticas Maria Torres e Ermelinda de Almeida, conceituadas pintoras da arte naïf (ingênua). As 40 pinturas são de uma delicadeza ímpar, ressaltando profundamente a sensibilidade de suas autoras, reconhecidamente premiadas. Para quem se interessar, a entrada é gratuita, e a exposição está aberta à visitação até 04/07/2008.
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